- No tempo que os animais
Seguiam a civilidade
Do que na atualidade...
O tigre era juiz de direito,
O burro era doutor,
O macaco era escrivão,
A preguiça coletor
Nesse tempo o jovem rato
Habitara num chalé
E namorava a catita
A filha do punaré...
No
decorrer do namoro o rato abusa do amor da noiva e foge. Põe-se tropa em sua
procura e, ao narrar a sua prisão, mais uma vez se desvenda a alma irônica do
sertanejo:
- Avistaram o criminoso
Lá em cima dum penedo:
Muitos soldados correram,
Outros morreram de medo...
Por
fim, o rato resolve casar e, durante o banquete de noivado, o cachorro que era
delegado de polícia, trava-se de razões com a cutia; alguns animais tomam o
partido dela, outros o dele; há uma verdadeira conflagração:
- Desde esse dia ficaram
Os animais intrigados...
FONTES:
BARROSO,
Gustavo. Terra do Sol. Rio de Janeiro: Benjamin de Aguila, 1912.
DANTAS, Paulo.
Estórias e lendas do norte e nordeste. São Paulo: Edigraf, s/d;
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