BRINCARTE

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Thursday, January 27, 2011

SONIA NOGUEIRA



OS VERSOS INFANTIS DE SONIA NOGUEIRA

DA CRIANÇA

Oi mãe, estou aqui feliz
Para agradecer a você
Todo amor recebido, e fiz
Esta frase para oferecer

Obrigada por teu amor
Teu zelo sempre constante
Por este amor alargador
Que cresce a toda instante


É hoje o dia da criança
O teu dia mãe, é todo dia
Junto a ti sou confiança
Pra te amar sou alegria

Quero sempre junto a ti
Conservar o meu abraço
Dividir no meu porvir
Todo tempo sem cansaço

Peço-te como presente
Carinho e amor infinito
O sonho não fique ausente
Neste lar onde eu habito

A GALINHA CORICÓ

Passeia a galinha
Ciscando o chão
Bicando alimento
Farelos e grãos

Lá vêm três pintinhos
São seus filhotes
Piu, piu, piando,
Naná, Nenê e Ninote

Nana é esperta
Diz pra mãe Coricó
O poleiro está limpo
Limpei tudo só

Nené é bem lerda
Só sabe comer
Nada sabe fazer
Não quer aprender

Minete é muito legal
Pôs água no bebedouro
Limpou o terreiro
Ficou bem gostoso

Mesmo assim Corocó
Dos três gosta igual
Mas, raiou com Nené
Preguiçosa demais

FESTAS JUNINAS


Vamos brincar a quadrilha
Na minha escola animada
Os pares dançam na trilha
Saias de rendas bordadas

As faces estão pintadas
Tranças e laços enfeitam
A sala esta toda enfeitada
De bandeirinhas e confeites

Tem pipoca bem colorida
Pé de moleque, pamonha
Canjica é a boa pedida
A criançada está risonha

Não vamos soltar balão
Para não queimar a cidade
Queremos palmas e rojão
Muita alegria na cidade

Viva São João no arraial
Santo Antônio casamenteiro
São Pedro com seu aval
Vamos dançar bem ligeiro

MEUS BRINQUEDOS DE CRIANÇA

Estão guardados na memória
Muitas bonecas feitas de pano
Pela mão da artesã inglória
Com nomes de fulano, sicrano

Era no sertão de rio imenso
Mas moravam em Fortaleza
Com todo sonhar e bom senso
Vim morar nesta princesa

Pulo de corda, amarelinha
A criançada fazia uma fila
De comidinha, de mãezinha
Fazíamos boneca de argila

De professora era a mestra
Intuição nata e prescrita
Ensinava na hora da sestra
Foi minha profissão descrita

O maior a mente sonhou
Uma boneca de feição bela
Ao banhá-la desmoronou
Era de papel pobre procela

SONIA NOGUEIRA – A escritora e educadora Sonia Nogueira é graduada em História e Estudos Sociais, e especialista em Planejamento Educacional. É autora dos livros Datas Comemorativas em Poesia, Eu Poesias Contos e Crônicas e No Reino do Sininho, participando de diversas antologias. Edita os blogs Poesia e Liberdade e Eu Poesia. Visite o site de Sonia Nogueira e o Site de Poesias. Veja mais da autora no Varejo Sortido.

Confira mais:
Comemorando 5 anos do Tataritaritatá e suas mais de 150 mil visitas ,
Também comemorando pelas mais de 160 mil exibições e acessos no canal LAM do YouTube ,
ARTE CIDADÃ ,
As previsões do Doro para 2011 ,
PROJETO CORDEL NA ESCOLA ,
TCC ONLINE CURSO
TODO DIA É DIA DA MULHER,
CRENÇA: PELO DIREITO DE VIVER E DEIXAR VIVER,
CANTARAU: CANÇÕES DE AMOR POR ELA,
MINHAS ENTREVISTAS.

Sunday, January 23, 2011

ANIVERSÁRIO DA BENITA PRIETO



BENITA PRIETO – A escritora Benita Prieto é contadora de histórias do grupo Morandubetá e produtora cultural, trabalhando com literatura oral e autoral para promoção da leitura e usando como estratégia a arte de contar histórias. Ela atua nas áreas de cinema, vide, literatura e gestão cultural. Estudou engenharia eletrônica, teatro e fez especializações em Literatura Infantil e Juvenil, bem como em leitura, teoria e práticas, realizando narração de contos, palestras e oficinas. Fez apresentações em todo o Brasil e na Espanha, Portugal, Uruguai, Colombia, Venezuela, Cuba, Argentina e Moçambique. Como produtora cultural criou feiras de livros, visitas guiadas a espaços culturais, espetáculos de narração de histórias e eventos de literatura. Além disso ela tem atuação destacada na área de formação e treinamento para empresas, como palestrante e facilitadora. Ela é presidente do Instituto Conta Brasil e coordenadora da Red Internacional de Cuentacuentos. Conheça mais do seu trabalho acessando o seu site Benita Prieto, o Simpósio de Contadores, o blog Benita Prieto e a Rede Cultura. Hoje é o aniversário dela, daqui mandamos nossos parabéns e felicitações!!! Feliz aniversário Benita!!!!

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Friday, January 07, 2011

NITOLINO & O MARACATU



Fonte da foto: Jornalista Josélia Maria.

NITOLINO & O MARACATU – Nitolino sempre foi achegado ao maracatu. Quando ele ouvia os tambores marcando o ritmo cerrado, ele logo caía no remexido.

O maracatu, segundo Andrade (1987), é referente ao maracá, um instrumento ameríndio de percussão. Já catu se refere ao que é bom, bonito. Outra palavra reunida pelo autor, é marã que significa guerra, confusão.

Souza (2003) assinala que: Para ordenar a administração dos negros trazidos como escravos para o Brasil a partir de 1538, os colonizadores portugueses incentivaram a instituição de reis e rainhas negros protegidos pelas irmandades de N.S. do Rosário e São Benedito. Os préstitos de coroação deram origem aos folguedos musicais do maracatu, informa o historiador Leonardo Dantas Silva em seu ensaio Maracatu: presença da África no carnaval do Recife, publicado em 1988 pelo Centro de Estudos Folclóricos da Fundação Joaquim Nabuco. O desaparecimento da instituição do rei do Congo (Muchino Riá Congo) com a abolição da escravatura levou o maracatu a desfilar seus batuques e danças nos dias dos Santos Reis, nas festas de Nossa Senhora do Rosário e no carnaval. O historiador Pereira da Costa (Folk-lore pernambucano, Recife 1908) citado por Dantas Silva, descreve a suntuosidade das seculares nações do maracatu como a Cambinda Velha, que antecipa o luxo das escolas de samba: "O estandarte de veludo era bordado a ouro como as vestes dos reis e dignatários da corte, todos de luva de pelica branca e finos calçados". Nas sedes das agremiações como Nação Elefante (de 1800), Leão Coroado (1863), Estrela Brilhante (1910), Indiano (1949) e Cambinda Estrela (1953) havia até trono com dossel para assento dos monarcas. Através de pesquisas de campo realizadas entre 1949 e 1952 reunidas no livro Maracatus do Recife (Irmãos Vitale, 2ª edição, 1980) o maestro Guerra-Peixe decupou as camadas da percussão do setor: "o tarol anuncia levemente um ritmo rufado, intercalado de pausas. Quase no mesmo instante, o gonguê (agogô) entra na cadência antecedendo as caixas de guerra. O tarol já passou do esquema inicial às variações quando entram os zabumbas. O marcante acrescenta espaçados e violentos baques (sinônimo de toques, daí o baque solto e baque virado). O meião segue o toque do marcante e por fim os repiques aumentam a intensidade do conjunto". Esta cadência, da qual se aproxima o coco alagoano, sempre fascinou tanto compositores eruditos como Guerra Peixe e Marlos Nobre quanto os autores populares conterrâneos como o frevista Capiba (Maracatu Elefante, Cadê os Guerreiros?, É de Tororó), Irmãos Valença e o poeta Ascenso Ferreira, além de recriadores do folclore como a paulista Inezita Barroso e o armorial Antonio Nóbrega.

Já Souza (2010) traz que: Há controvérsias sobre a origem do Maracatu. Alguns acreditam que ele foi trazido em sua essência pelos Portugueses em meados de 1700 e era manifestado em Recife através de danças com aspectos teatrais, nas cerimônias e festividades promovidas pela côrte. Era realizada com o acompanhamento de instrumentos de percussão e seus dançarinos vestiam-se como personagens da Realeza composta por um porta-estandarte, rei, rainha, damas do paço, duque, duquesa, principes, princesas, caboclos de penas, meninos lanceiros e baiana incluindo-se a presença de bonecos chamados de “Calungas”, que representavam um agrado para as entidades religiosas. No caso das igrejas católicas, estes bonecos representavam uma homenagem à Nossa Senhora do Rosário, São Benedito, Santa Ifigênia, Santo Elesbão e Gaspar. Caso a festa fosse realizada em um terreiro, a homenagem era feita aos orixas. O Maracatu era utilizado para homenagear a coroação do rei e nas festas religiosas, que integravam os escravos à cultura européia, tornando-se mais tarde, após a abolição dos escravos, uma manifestação carnavalesca.

O maracatu de Baque Virado, segundo Fonte Filho (1999), é também conhecido como Nação, mantém em seu desfilo o cortejo real, muito próximo daquele outrora apresentado pela escravaria africana, no período colonial, para homenagear a coroação do Rei do Congo. A presença desse maracatu é mais marcante na área urbana, mais precisamente na capital. Com o passar do tempo, o cortejo foi evoluindo e desgarrando-se dos festejos dos Reis Magos, entre para os festejos carnavalescos, onde hoje figura como peça importante do carnaval pernamucano. A música é entoada e se aproxima do toque do xangô e do candomblé.

O Maracatu de Baque Solto, conforme Fonte Filho (1999), provavelmente tem suas origens nas Cambindas, que eram brincadeiras de grupos masculinos, trajando roupas femininas. Também conhecido como Maracatu Rural, nasceu da fusão de vários folguedos populares que existiam sobretudo nos engenhos de cana-de-açúcar, que nessa época era um importante centro cultural e econômico do estado. Recebeu essa nomenclatura nos anos 50, pelo maestro Guerra Peixe. A orquestra que acompanha esse tipo de maracatu é formada por instrumentos de percussão e sopro, dentre os quais o trombone. A música é uma marcha, executada em quatro, seis e dez linhas rítmicas.

FONTES:
ANDRADE, Mario. Danças Dramáticas Brasileiras. São Paulo: IEB/USP, 1934.
______. Pequena história da música. Belo Horizonte: Itatiaia, 1987.
BENJAMIN, Roberto. Folguedos e danças de Pernambuco. Recife: FCCR, 1989.
FONTE FILHO, Carlos. Espetáculos populares de Pernambuco. Recife: Bagaço, 1999.
SETTE, Mario. Maxabombas e maracatus. Rio de Janeiro: Casa do Estudante, 1958.
TINHORÃO, José Ramos. Pequena história da música popular (da modinha à canção de protesto). Petrópolis: Vozes, 1975.
SOUZA, Claudia. Maracatu. InfoEscola. Disponível em http://www.infoescola.com/folclore/maracatu/. Acesso em 07 dez 2010.
SOUZA, Tárik. Som nosso de cada dia. São Paulo: LP&M, 2003.

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