O dia
mal amanhecera e a maior algazarra já reinava no ambiente. É que se deu a
chegada de uns pássaros muito inquietos, alegres e barulhentos que Pai Lula
falou tratar-se de calopsitas – a gente aqui ficou chamando mesmo de periquito.
E eram muitas e de todas as cores: calopsita lutina, prata, canela, silvestre,
fulva, opalina, branca, arlequim, pérola, albinas, cara branca, pastel, prata
recessivo e dominante, enfim, plumagem de todo tipo e, de toda cor. Na sua
buliçosa forma de ser emitem gritos, assoviar e chegam a falar algumas coisas
incompreensíveis.
Foi aí
que ele explicou que o outro nome dela é caturra e é considerado um papagaio de
crista e até uma pequena cacatua. Pra gente mesmo, repito, continuam sendo
periquitos. E elas são nativas da Austrália, são muito dóceis, adequadas para
serem conservadas como animais de estimação e vivem cerca de 25 anos.
Pai Lula
estava organizando o cardápio da dieta delas: sementes, rações, frutos,
verduras, mistura de alpista com painço, arroz com casca, aveia, sementes de
girassol ou de linhaça, maçã e peras sem sementes, espinafre, chicória, osso de
siba, pedra de cálcio. E elas também são achegadas a insetos. Nada de alface,
abacate, cafeína, chocolate, gorduras, nem folha de batata, tomate, feijão e
sementes e caroços em geral: podem matá-la, é preciso ter cuidado -, avisou
enfaticamente Pai Lula.
Ele
explicou pra gente que precisam e adoram tomar banho, mesmo não sabendo nadar.
As brincadeiras principais delas são esses gritinhos, assovios e até falar
chamando o nome da gente ou palavras que aprendam. Já deu pra ver que elas adoram
brincar e quando estão com sono, abrem o bico e bocejam várias vezes seguidas,
adorando um carinho atrás da cabeça e nas bochechas.
Esses
periquitos trouxeram uma alegria maravilhosa pra casa da gente!