A EDUCAÇÃO INFANTIL – O
processo educativo se baseia pela idade de 0 a 6 anos e se realiza pela: formação
pessoal: trabalho de identidade e autonomia; conhecimento do mundo: construção
de linguagens e interações com objetos de conhecimento, trabalhando movimento,
artes visuais, música, linguagem oral e escrita, natureza e sociedade e
matemática; e segue a determinação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (LDB – Lei 9294/96), quando a organização por idade, de 0 a 3 anos,
creches ou entidades equivalentes, e de 4 a 6 pré-escolas.
PRINCÍPIOS
– Os princípios da educação infantil são: o respeito à dignidade e aos direitos das
crianças, consideradas nas suas diferenças individuais, sociais, econômicas, culturais,
étnicas, religiosas etc.; o direito das crianças a brincar, como forma
particular de expressão, pensamento, interação e comunicação infantil; o acesso
das crianças aos bens socioculturais disponíveis, ampliando o desenvolvimento
das capacidades relativas expressão, à comunicação, à interação social, ao
pensamento, à ética e à estética; a socialização das crianças por meio de sua
participação e inserção nas mais diversificadas práticas sociais, sem
discriminação de espécie alguma; e o atendimento
aos cuidados essenciais associados à sobrevivência e ao desenvolvimento de sua
identidade.
OBJETIVOS
GERAIS - Os objetivos gerais da educação infantil são: desenvolver
uma imagem positiva de si, atuando de forma cada vez mais independente, com
confiança em suas capacidades e percepção de suas limitações; • descobrir e
conhecer progressivamente seu próprio corpo, suas potencialidades e seus
limites, desenvolvendo e valorizando hábitos de cuidado com a própria saúde e
bem-estar; estabelecer vínculos afetivos e de troca com adultos e crianças,
fortalecendo sua autoestima e ampliando gradativamente suas possibilidades de
comunicação e interação social; estabelecer e
ampliar cada vez mais as relações sociais, aprendendo aos poucos a articular
seus interesses e pontos de vista com os demais, respeitando a diversidade e
desenvolvendo atitudes de ajuda e colaboração; observar e explorar o ambiente com atitude de
curiosidade, percebendo-se cada vez mais como integrante, dependente e agente
transformador do meio ambiente e valorizando atitudes que contribuam para sua
conservação; brincar, expressando emoções, sentimentos, pensamentos, desejos e
necessidades; utilizar as diferentes linguagens (corporal, musical, plástica,
oral e escrita) ajustadas às diferentes intenções e situações de comunicação,
de forma a compreender e ser compreendido, expressar suas ideias, sentimentos,
necessidades e desejos e avançar no seu processo de construção de significados,
enriquecendo cada vez mais sua capacidade expressiva; conhecer algumas manifestações
culturais, demonstrando atitudes de interesse, respeito e participação frente a
elas e valorizando a diversidade.
CONTEÚDOS
– Conteúdos conceituais: construção de capacidade de lidar com símbolos, idéias
e representações que darão sentido a sua realidade estabelecendo uma
aproximação com a aprendizagem futura. Procedimentais: saber fazer, tomar
decisões no percurso do fazer. Atitudinais: socializar, com atitudes de valores
e normas, porem este não depende apenas da instituição, mas de todos
responsáveis. Conteúdos são selecionados conforme características e
necessidades de cada grupo, de forma que lhes seja significativos, devem ser
trabalhos integrando com a realidade em diferentes aspectos, porém sem
fragmentá-lo. Orientações Didáticas: Situam intenções e práticas que devem se
nortear com: Organização do tempo: estruturadas dentro de um tempo didático, as
atividades são agrupadas em modalidades permanentes, constantes relacionadas
com a aprendizagem, prazer e necessidades básicas de cuidado com a criança, e
sequências de atividades com conhecimentos específicos em diferentes graus de
dificuldades. Projeto de trabalho: conjunto de atividades visando um
conhecimento específico com objetivo de resolver um problema ou obter um
resultado final. Organização do espaço e seleção de materiais: usa áreas
internas e externas para desenvolver atividades propostas. Observação,
registros e avaliação formativa: são instrumentos de apoio da pratica
pedagógica. Podem ser feito por gravações, fotos, registros. Acompanha,
orienta, regula e redireciona o processo, reorientado a pratica da educação.
Portanto é sistemática com o objetivo de melhorar a ação pedagógica.
EDUCAR -
A instituição de educação infantil deve tornar acessível a todas as crianças
que a frequentam, indiscriminadamente, elementos da cultura que enriquecem o
seu desenvolvimento e inserção social. A escola tem papel socializador,
propiciando o desenvolvimento da identidade das crianças, por meio de
aprendizagens diversificadas, realizadas em situações de interação. Na
instituição de educação infantil, pode-se oferecer às crianças condições para
as aprendizagens que ocorrem nas brincadeiras e aquelas advindas de situações
pedagógicas intencionais ou aprendizagens orientadas pelos adultos. É
importante ressaltar, porém, que essas aprendizagens, de natureza diversa,
ocorrem de maneira integrada no processo de desenvolvimento infantil. Propiciar
situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma
integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades
infantis de relação interpessoal, de ser e estar com os outros em uma atitude
básica de aceitação, respeito e confiança, e o acesso, pelas crianças, aos
conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural. Auxilia
desenvolvimento das capacidades de apropriação e conhecimento das
potencialidades corporais, afetivas, emocionais, estéticas e éticas, na
perspectiva de contribuir para a formação de crianças felizes e saudáveis.
CUIDAR -
Contemplar o cuidado na esfera da instituição da educação infantil significa
compreendê-lo como parte integrante da educação, embora possa exigir conhecimentos,
habilidades e instrumentos que extrapolam a dimensão pedagógica. Cuidar de uma
criança em um contexto educativo demanda a integração de vários campos de
conhecimentos e a cooperação de profissionais de diferentes áreas. A base do
cuidado humano é compreender como ajudar o outro a se desenvolver como ser
humano. Cuidar significa valorizar e ajudar a desenvolver capacidades. O
cuidado é um ato em relação ao outro e a si próprio que possui uma dimensão
expressiva e implica em procedimentos específicos. O cuidado precisa
considerar, principalmente, as necessidades das crianças, que quando
observadas, ouvidas e respeitadas, podem dar pistas importantes sobre a
qualidade do que estão recebendo. Os procedimentos de cuidado também precisam
seguir os princípios de promoção à saúde. Para se atingir os objetivos dos
cuidados com a preservação da vida e com o desenvolvimento das capacidades
humanas, é necessário que as atitudes e procedimentos estejam baseados em
conhecimentos específicos sobre o desenvolvimento biológico, emocional, e
intelectual das crianças, levando em consideração as diferentes realidades
socioculturais. Para cuidar é preciso antes de tudo estar comprometido com o
outro, com sua singularidade, ser solidário com suas necessidades, confiando em
suas capacidades. Disso depende a construção de um vínculo entre quem cuida e
quem é cuidado.
BRINCAR
- Para desenvolver a criatividade da criança é preciso oferecer ricas
experiências entre elas as brincadeiras. A brincadeira é uma linguagem infantil
que mantém um vínculo essencial com aquilo que é o “não-brincar”. Se a
brincadeira é uma ação que ocorre no plano da imaginação isto implica que
aquele que brinca tenha o domínio da linguagem simbólica. É preciso haver
consciência da diferença existente entre a brincadeira e a realidade imediata
que lhe forneceu conteúdo para realizar-se. A brincadeira favorece a autoestima
das crianças, auxiliando-as a superar progressivamente suas aquisições de forma
criativa. Brincar contribui para a interiorização de determinados modelos de
adulto, no âmbito de grupos sociais diversos. As significações atribuídas ao
brincar transformam-no em um espaço singular de constituição infantil. As
brincadeiras de faz-de-conta, os jogos de construção e aqueles que possuem
regras, como os jogos de sociedade (também chamados de jogos de tabuleiro),
jogos tradicionais, didáticos, corporais etc., propiciam a ampliação dos
conhecimentos infantis por meio da atividade lúdica. É o adulto, na figura do
professor, portanto, que, na instituição infantil, ajuda a estruturar o campo
das brincadeiras na vida das crianças. Por meio das brincadeiras os professores
podem observar e constituir uma visão dos processos de desenvolvimento das
crianças em conjunto e de cada uma em particular, registrando suas capacidades
de uso das linguagens, assim como de suas capacidades sociais e dos recursos
afetivos e emocionais que dispõem.
O
PROFESSOR - Para que as aprendizagens
infantis ocorram com sucesso, é preciso que o professor considere, na
organização do trabalho educativo: A interação com crianças da mesma
idade e de idades diferente sem situações diversas como fator de promoção da
aprendizagem e do desenvolvimento e da capacidade de relacionar-se; Os
conhecimentos prévios de qualquer natureza, que as crianças já possuem sobre o
assunto, já que elas aprendem por meio de uma construção interna ao relacionar
suas ideias com as novas informações de que dispõem e com as interações que
estabelece; A individualidade e a diversidade; O grau de desafio que as
atividades apresentam e o fato de que devam ser significativas e apresentadas
de maneira integrada para as crianças e o mais próximas possíveis das práticas
sociais reais; A resolução de problemas como forma de aprendizagem.
REFERÊNCIA
Brasil. Diretrizes
curriculares nacionais para a educação infantil. Brasília: MEC/SEB, 2010.
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