BRINCARTE

BRINCARTE
BRINCARTE

Friday, December 21, 2007

DEPOIMENTO



Veja mais Brincarte. E com muito bom humor veja mais as previsões do Doro para 2008, as crônicas natalinas e o reveillon tataritaritatá!

De férias até 03/01/2008.
Feliz Ano Novo!
Beijabrações

Thursday, December 20, 2007

DIA DA BONDADE



Imagem: "Encontro de Amor" Med. 50X70 Tec. A.O.S.T de Flora Cavalcanti.

CRENÇA

Letra & música de Luiz Alberto Machado

É preciso respeitar melhor a vida
no amor que traz a paz que é tão bem-vinda.
Amar para se ter além do passional
e o coração valer o ser humano universal.

É preciso respeitar as diferenças
e não se equiparar ao que é hostil nas desavenças.
Lutar contra a mantença desigual
que forja o algoz na força do poder irracional.

Se entregar agora, todo dia e a noite inteira,
testemunhar assim as coisas verdadeiras.
Colher a lágrima do olhar mais desolado
para irrigar a sede do carinho devastado.

É preciso ter no olhar a flor da vida,
trazer a luz do sol nas mãos amanhecidas.
E perceber o amor no menor gesto natural
para valer o sonho mais presente mais real.

Se entregar agora, todo dia e a noite inteira,
testemunhar assim as coisas verdadeiras.
Colher a lágrima do olhar mais desolado
para irrigar a sede do carinho devastado.

E afinal poder sorrir
como quem vai feliz viver,
a manter a crença e o seu proceder na paz.
Semear a vida no ideal de colher
o que virá depois
pra ser alegria imensa para um, mais dois, mais!
Viver a vida pelo que foi e será, é e será!

© Luiz Alberto Machado. Direitos reservados.

Veja mais Música.

Wednesday, December 19, 2007

EMANCIPAÇÃO POLÍTICA DO PARANÁ



Paraná das cataratas do Iguaçu
Da Serra Geral, de Dalton Trevisan, Arrigo Barnabé,
De Paulo Leminsky e florestas de araucárias

Paraná dos tropeiros que sobrepujaram Cinco Irmãos,
Apucarana, Dourados, Laranjinha, Piquiri, Juquiá, Capanema e Maracaju,
Fartura, Esperança, Pitanga, Ortigueira, Caeté, Lagarto e Chagu.

Paraná de Helena Colody,
De Domingos Pellegrini
De Curitiba
E Vila Velha.

Paraná,
o pico do Paraná
E a Serra do Mar.

Luiz Alberto Machado

Tuesday, December 18, 2007

GUIA SOBRESITES DE LITERATURA INFANTIL



Excelente guia editado pelo jornalista, ilustrador e animador Paulo 'Paffomiloff', contendo dicas de portais, autores, editoras, artigos, livros e muito mais. Imperdível.

Acesse o Guia SobreSites de Literatura Infantil.

Monday, December 17, 2007

CARALÂMPIA



Foto: Beco Monteiro/Divulgação.

Caralâmpia é o programa infantil apresentado pela TV Educativa e as rádios Difusora e Educativa, conduzido por Tati Campos e Márcia Mariah. A radialista Márcia Mariah, no papel da boneca Caralâmpia, conversa com os personagens Jojó (Ginaldo Santos) e Eugênia (Waleska Machado), conta histórias no Baú de Letrinhas, lê cartinhas no quadro Pombo-correio e entrevista escritores e artistas locais. No comando da direção de arte, Tati Campos elabora roteiros que aproximam o mundo real do universo do faz-de-conta, bem como concilia passado e presente, por meio de um repertório musical que vai dos anos 70 até os dias atuais. Na versão da TV, o programa Caralâmpia exibe desenhos animados, produzidos com a parceria do Anax Cartoons, um núcleo experimental de animação localizado em Maceió. Os roteiros utilizam temas ligados ao cotidiano e ao comportamento das crianças, ao meio ambiente e à cultura. O programa Caralâmpia na TV é apresentado pela atriz Márcia Mariah e produzido pela escritora e jornalista Simone Cavalcante. Com o objetivo principal de educar e divertir, o programa é voltado para crianças entre zero e seis anos de idade. formato do programa caminha em duas linhas de atuação: a contação de histórias e a oficina de brinquedos populares.

Veja mais Brincarte.

Friday, December 14, 2007

TURMA DO BRINCARTE



Gentamiga,
Tudo começou assim: de uma crença no futuro. Uma crença teimosa feita de sonhos. Um sonho de criança, eureka! Pois é, brincar com arte, brincarte. Aí foi tomando vulto. Primeiro com “O reino encantado de todas as coisas”, publicado em 1992, pelas Edições Bagaço. Depois, “Falange, Falanginha, Falangeta”, em 1995, que virou recreação e foi adotado em diversas escolas do Ensino Fundamental. Veio então “O lobisomem zonzo”, em 1998, transformado, posteriormente, em peça teatral infantil e já premiada. Em seguida, “O cravo e a rosa”, 1999, um sucesso absoluto, esgotado em menos de um ano. Até que chegou o “Alvoradinha: calango verde do mato bom”, em 2001, também esgotado no mesmo ano. Ficou a teimosia. Não podia ser, realmente, de outro jeito: a criança insistia e fez valer dentro de mim cultivando ternura, igualdade, justiça e solidariedade com muita brincadeira e alegria. Aí foi juntando outros personagens: MenininhoNito, Pai Lula, Tia Conça e foram construindo esse universo que chegou no Nitolino, aquele que levará a palavra do universo “Brincarte” para as escolas de Educação Infantil e do Primeiro Ciclo do Ensino Fundamental.
Nitolino apresentará acompanhado do seu violão, da sua dramatização e da vontade de dizer alguma coisa para a criançada numa recreação que dura uma hora, contando todas as brincadeiras dos livros publicados por Luiz Alberto Machado. Esta recreação pode ser apresentada em salas de aula, em auditórios, eventos e efemérides, onde o personagem contará histórias, fará brincadeiras, dramatizará e cantará com a garotada.
E se tiver interesse na recreação Brincarte com Nitolino, é só contatar pelo fone 82.8845.4611, ou pelo mail lualma@terra.com.br ou na HomeLAM: www.luizalbertomachado.com.br

Veja mais a Turma do Brincarte.

Thursday, December 13, 2007

DIA DO MARINHEIRO



Quem te ensinou a nadar
Quem te ensinou a nadar
quem te ensinou a nadar
Foi, foi marinheiro
Foi os peixinhos do mar

(Peixinhos do Mar, cantiga de roda, domínio popular).

Eu não sou daqui
Marinheiro só
Eu não tenho amor
Marinheiro só
Eu sou da bahia
Marinheiro só
De são salvador
Marinheiro só
Marinheiro marinheiro
Marinheiro só
Ô, quem te ensinou a nadar
Marinheiro só
Ou foi o tombo do navio
Marinheiro só
Ou foi o balanço do mar
Marinheiro sóem
Marinheiro só
Como ele vem faceiro
Marinheiro só

Todo de branco
Marinheiro só
Com o seu bonezinho
Marinheiro só

Ô, marinheiro marinheiro
Marinheiro só
Ô, quem te ensinou a nadar
Marinheiro só
Ou foi o tombo do navio
Marinheiro só
Ou foi o balanço do mar
Marinheiro só

(Marinheiro Só, arranjo e adaptação de Caetano Veloso).

Wednesday, December 12, 2007

RUTH QUINTELLA



AMARELINHA, UMA PEQUENA BORBOLETA

A pequena borboleta era muito tímida e insegura, mas, quando a mata foi ameaçada por um grande incêndio e aquelas borboletas que Amarelinha achava tão saídas e inteligentes se mostraram limitadas, ela foi à luta, encontrando o seu próprio caminho. Formato: 21x21cm 24 págs. ilustradas e coloridas. Recomendado a partir da 2ª série Ilustrações: Ruth Quintella.

Veja este livro nas Edições Bagaço.

Tuesday, December 11, 2007

ALÒ ESCOLA



Gentamiga,
O Alô Escola é um espaço da TV Cultura dedicado ao universo infantil, reunindo Brincar é bom, O sonho de Júlio, Chuá-Chuágua & muito mais.
Confira.

Monday, December 10, 2007

AVENTUREIROS DO UNA



Olá, gentamiga!
Este foi o número inaugural do projeto Aventureiros do Una, uma revistinha em quadrinhos com roteiro de Luiz Alberto Machado e arte/desenho do artista plástico penambucano Rolandry Silbvério.
Aventureiros do Una circulou por 4 números no ano de 1982, fazendo bastante sucesso entre a garotada.

Veja mais a Turma do Brincarte.

Friday, December 07, 2007

CONFRATERNIZAÇÃO & REVEILLON TATARITARITATÁ!



Atenção, garotada!
Vem aí a confraternização tataritaritatá. Aguarde.
Enquanto isso, curta as músicas do Reveillon Tataritatá acessando:

FOLIA CAETÉ
SANTA FOLIA
ALVORADA
MANGUABA
&
AMOR IMORTAL

Thursday, December 06, 2007

PAULO CALDAS



O escritor, poeta e editor pernambucano Paulo Caldas é autor de diversos livros destinados ao público infanto-juvenil. Dentre suas obras estão: “Era Uma Vez Um Quintal” de 1982, “Era Uma Fazenda”, de 1983, “Asas pra Que te Quero” de 1985, “Esses Bichos Maravilhosos e Suas Incríveis Aventuras”, de 1988, dentre outros que figuram nas publicações das Edições Bagaço. Conheça melhor Paulo Caldas e seus livros nas Edições Bagaço.

Wednesday, December 05, 2007

ANIVERSÁRIO DE MACEIÓ



Ô Maceió
É três mulé prum homem só
Ô Maceió
É três mulé prum homem só
Eu fui batizado na capela do farol
Matriz de Santa Rita,
Maceió
Eu fui batizado na capela do farol
Matriz de santa Rita,
Maceió
mas foi beirando estrada abaixo que eu piquei a mula
Disposto a colar grau na escola da natura
Se alguém me perguntar
Não tenho nada a dizer
Pois eu, pra me realizar
Preciso morrer
Mas foi beirando estrada abaixo que eu piquei a mula
Disposto a colar um grau na escola da natura
Se alguém me perguntar
Não tenho nada a dizer
Pois eu, pra me realizar preciso morrer
Você me deu liberdade
Pra meu destino escolher
E quando sentir saudades
Poder chorar por você
Não vê, minha terra mãe
Que estou a me lamentar
É que eu fui condenado a viver do que cantar
A--la, a--la, ala, Alagoas
A--la, a--la, ala, Alagoas
Eu fui batizado na capela do farol......

(Djavan, Alagoas).

Veja uma entrevista que eu fiz com Djavan. E veja mais entrevistas.

Friday, November 30, 2007

TURMA DO BRINCARTE



Olá, gentamiga,
Vamos conhecer a turminha do Brincarte!!

NITOLINO NO REINO ENCANTADO DE TODAS AS COISAS


MENININHONITO
MINDINHO
CANTIGA DAS FALANGES
BRINCANDO
TIA CONÇA
PAI LULA
LOBISOMEM ZONZO
ALVORADINHA
O REINO ENCANTADO DE TODAS AS COISAS
O CRAVO E A ROSA
FALANGE FALANGINHA FALANGETA
FREVO
RÉVEILLON TATARITARITATÁ
CRIANÇA

Aguardo sua visita e comentário!

Beijabrações
Luiz Alberto Machado

Veja mais Brincarte e EVENTOS COM PARTICIPAÇÕES DE LUIZ ALBERTO MACHADO.

LIXO



SEIS RAZOES PARA DIMINUIR O LIXO NO MUNDO – Um livro propõe o gerenciamento do próprio lixo, acompanhando tendência internacional de conscientização ambiental. Por ano, 30 bilhões de toneladas de lixo são jogadas no nosso planeta. 88% do lixo doméstico é descarregado em aterros sanitários. Em países mais desenvolvidos, a produção de lixo diária, por habitante, é de cerca de 3,2 Kg. Produzimos cerca de 80 milhões de toneladas de plástico por ano. Só no Brasil, 100 milhões de pneus estão espalhados nos aterros, rios, terrenos baldios e em mais de 3 mil lixões distribuídos pelo país. Com o aumento gradativo do buraco na camada de ozônio e do aquecimento global provocados pela emissão de gases poluentes, cresceu a consciência mundial, chamando a atenção da humanidade para a questão da geração e do destino do lixo. É natural, portanto, que se trabalhe essa consciência ambiental especialmente com as novas gerações. Trilhando este caminho, a Escrituras Editora publica Seis razões para diminuir o lixo no mundo, terceiro livro da série, iniciada pelo Seis razões para amar a natureza e Seis razões para cuidar bem da água, todos de autoria do professor Nílson Machado, da Faculdade de Educação da USP, e da pedagoga Silmara Casadei, com ilustrações de Vera Andrade. Escrito em linguagem poética extremamente lúdica, o jovem leitor descobre a origem da palavra lixo e seus diferentes tipos; a história do lixo na Pré-História, na Mesopotâmia, na Roma Antiga, na Idade Média; a criação do primeiro depósito de lixo do mundo; os primeiros serviços de coleta; as transformações surgidas com a Revolução Industrial, o surgimento das primeiras incineradoras; os 3Rs -- reduzir, reutilizar e reciclar
-- na prática: a exploração de recursos naturais, o consumo de energia, a poluição do solo, da água e do ar, os aterros sanitários, o desperdício de produtos reutilizáveis e alimentos, os gastos com a limpeza urbana, a geração de emprego e renda pela comercialização dos produtos recicláveis. O livro mostra também os sucateiros como verdadeiros agentes ambientais e, finalmente, propõe a consciência do gerenciamento do próprio lixo. No final da obra, os autores apresentam projetos que obtiveram sucesso na revitalização de cidades que cuidam do meio ambiente, como Florianópolis, no reaproveitamento de brinquedos e outros objetos e o Banco de alimentos criado pela Ceagesp (São Paulo), indicando receitas culinárias com sobras. Propõem o teste (individual) da Pegada Ecológica, para analisar o impacto humano na Terra, e apresentam sugestões bibliográficas, além de abrir espaço para a criança planejar ações e projetos de reciclagem.
Sobre os autores e a ilustradora:
Nílson José Machado nasceu em Olinda, Pernambuco, mas vive em São Paulo desde 1969. É professor de cursos de graduação e pós-graduação na Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP). Escreveu diversos livros, frutos de seu trabalho acadêmico, como Matemática e Língua Materna, Epistemologia e Didática, Cidadania e Educação, Educação: projetos e valores e Conhecimento e Valor. Também é autor de mais de uma dezena de livros infantis, todos escritos em linguagem poética -- Bichionário, Lua e Sol, Cidadania é Quando..., Anão e Gigante -- e a coleção Histórias de contar, que já abriga seis títulos: Contando de um a dez, Contando com o relógio, Amigos para ler e contar, Contando com o espelho, O pirulito do pato e A peteca do pinto.
Silmara Rascalha Casadei nasceu em São Paulo (SP), é pedagoga e MBA em Gestão de Pessoas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Mestranda em Educação na PUC-SP, trabalha com crianças e jovens há 25 anos. Membro da Academia de Letras da Grande São Paulo. É autora de projetos de Educação Familiar e Educação para a Paz, dentre eles: Programa Convivendo em Família e Qualidade de vida para as crianças. É co-autora do projeto Voluntários da Paz e Leia -- Aprendendo a ler o mundo. Autora de livros para a infância e poetisa, sua paixão é escrever para ajudar o planeta. Orvalhinho - O médico de corações, Leia para crianças, Solidariedade na escola cidadã, O mundo encantado, Poemas dos Campos e Poemas do Mar são alguns de seus livros.
Vera Andrade nasceu em São Paulo (SP) e formou-se em Comunicação Visual pela FAAP. É professora de Artes Plásticas, diagramadora, designer gráfica, diretora de arte, ilustradora e autora de histórias infantis. Já ilustrou mais de dez livros, sendo que de um deles -- Shortestórias -- é também autora.
Consultoria: Michele Rascalha, bióloga e especialista em Educação Ambiental - USP. Título: Seis razões para diminuir o lixo do mundo texto: Nílson José Machado e Silmara Rascalha Casadei Ilustrações: Vera Andrade Coleção: Escritinha Gênero: Literatura infantil ISBN: 978-85-7531-276-6 Formato: brochura, impresso em papel Reciclato, 20,5 X 20,5 cm Páginas: 56 Peso: 200 g Preço: R$ 18,00 Escritinha - selo infanto-juvenil da Escrituras Editora Carmen Barreto Comunicação e Imprensa imprensa@escrituras.com.br Escrituras Editora Rua Maestro Callia, 123 - Vila Mariana 04012-100 - São Paulo - SP – Brasil Novos telefones: (11) 5904-4499 (Pabx)/5904-4492 (direto) Visite nosso site: www.escrituras.com.br

Veja mais no Guia de Poesia.

Tuesday, November 27, 2007

MENININHONITO



Gentamiga,
O MeninininhoNito ganha corpo no traço da Derinha Rocha. Agora ele anda todo chique, todo pabo e cheio das pregas.

Veja mais dele abaixo:
A BOLA MURCHA DO MENININHONITO
MENININHONITO QUER SER SUPER-HEROI
O TRELOSO

Monday, November 26, 2007

TURADINHAS



Turadinhas é o excelente trabalho da dupla Bruno Grossi e Diane Mazzoni. Imperdível.

Veja mais Brincarte. E no Tataritaritatá!

Friday, November 23, 2007

CRIANÇA NO YOUTUBE

Gentamiga,
A minha cançãozinha “Criança” está indo muito bem no YouTube! Por isso trago aqui procê!

Photo Sharing and Video Hosting at Photobucket


© Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. Letra & música de Luiz Alberto Machado. Arte: Derinha Rocha.

Veja o clipe de Criança. E + Música. E mais: a Confraternização Tataritaritatá e os clipes na Agenda.

Thursday, November 22, 2007

DIA DA MÚSICA



CANTADOR

Música & letra de Luiz Alberto Machado

A vida passa em cada passo do caminho
Vou passarinho professando a minha fé
Vou bem cedinho pela estrada que se espalma
O Nordeste em minha alma
Nos catombos do trupé
Vou Severino percorrer légua tirana
Com toda aventura humana
No solado do meu pé.

Sou cantador
E carrego no canto
Minha vida no manto
Que reveste o valor
Pra onde eu for
Eu me valha do encanto
Pra chegar em qualquer canto
Com a verdade do amor.

Vou com meu canto em cada canto lado a lado
Vou com cuidado afinando o meu gogó
Sem ter espanto, todo só de luz armado
Tino aceso e aprumado
Evitando um quiprocó.
Vou confiante, entre o céu e a terra, a ponte
No destino do horizonte
Vou bater até no sol.

Sou cantador
E carrego no canto
Minha vida no manto
Que reveste o valor
Pra onde eu for
Eu me valha do encanto
Pra chegar em qualquer canto
Com a verdade do amor.

Digo bem alto e minha crença toma abrigo
Sem ter asilo na redoma do mundão
Sigo o sermão no rumo a rota do estradeiro
Assuntando o paradeiro
Na melhor entonação.
Passo nos peitos a ficar comendo orvalho
Se cantar é o meu trabalho
Deus me dê toda canção.

Sou cantador
E carrego no canto
Minha vida no manto
Que reveste o valor
Pra onde eu for
Eu me valha do encanto
Pra chegar em qualquer canto
Com a verdade do amor.

© Luiz Alberto Machado. Direitos reservados.

Veja o clipe de Cantador. + Música. E vem aí o REVEILLON TATARITARITATÁ!!!

Wednesday, November 21, 2007

DIA MUNDIAL DA TELEVISÃO



AS PREFERIDAS DA TIA CONÇA!!

Gentamiga, mais uma vez trago uma das músicas preferidas da Tia Conça. Confira abaixo.

A TELEVISÃO

Chico Buarque

O homem da rua
Fica só por teimosia
Não encontra companhia
Mas pra casa não vai não
Em casa a roda
Já mudou, que a moda muda
A roda é triste, a roda é muda
Em volta lá da televisão
No céu a lua
Surge grande e muito prosa
Dá uma volta graciosa
Pra chamar as atenções
O homem da rua
Que da lua está distante
Por ser nego bem falante
Fala só com seus botões

O homem da rua
Com seu tamborim calado
Já pode esperar sentado
Sua escola não vem não
A sua gente
Está aprendendo humildemente
Um batuque diferente
Que vem lá da televisão
No céu a lua
Que não estava no programa
Cheia e nua, chega e chama
Pra mostrar evoluções
O homem da rua
Não percebe o seu chamego
E por falta doutro nego
Samba só com seus botões

Os namorados
Já dispensam seu namoro
Quem quer riso, quem quer choro
Não faz mais esforço não
E a própria vida
Ainda vai sentar sentida
Vendo a vida mais vivida
Que vem lá da televisão
O homem da rua
Por ser nego conformado
Deixa a lua ali de lado
E vai ligar os seus botões
No céu a lua
Encabulada e já minguando
Numa nuvem se ocultando
Vai de volta pros sertões


Veja mais Brincarte. E vem aí o Reveillon Tataritaritatá!!!

Tuesday, November 20, 2007

DIA UNIVERSAL DA CRIANÇA



CRIANÇA

Música & Letra de Luiz Alberto Machado

Brinquedo de criança
Que eu vou brincar
Contigo nesta noite
Eu quero me embalar
Coisas de infância
Que eu vou sonhar
Com novas brincadeiras
Que eu vou inventar
Brincando de cantiga
Que eu vou cantar
Cantando a minha vida
Que já vai começar
Pular amarelinha
Ou estudar toda lição
São coisas que a gente
Vai guardar no coração
Ou pula academia
Ou faz a roda ou garrafão
Jogando bola o tempo todo
Para alegrar nossa canção
Capelinha de melão
É de São JoãoÉ de cravo, é de rosa
É de manjericão
Pular corda direitinho
Pula fora, não
Se pular a corda fora
Leva um beliscão
O seu rei mandou dizer
Pra cantar outra canção
Que a cantiga já ta feita
E não tem outra não
Não tem outra não
Não tem outra não
Não tem outra
Não.

© Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. In: Falange, falanginha, falangeta. Maceió: Nascente, 1995. E apresentada no show “Por um novo dia”, de Luiz Alberto Machado, na temporada de 1986/87. Também apresentada nas recreações educativas “Falange, Falanginha, Falangeta” e “Brincarte”.

Veja o clipe de CRIANÇA. E vem aí o Reveillon Tataritaritatá!!!

Monday, November 19, 2007

DIA DA BANDEIRA



HINO À BANDEIRA DO BRASIL

(Música de Francisco Braga – 1868/1845 & letra de Olavo Bilac – 1865/1918)

Salve, lindo pendão da esperança,
Salve, símbolo augusto da paz!
Tua nobre presença à lembrança
A grandeza da Pátria nos traz.

Recebe o afeto que se encerra
Em nosso peito juvenil,
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil!

Em teu seio formoso retratas
Este céu de puríssimo azul,
A verdura sem par destas matas,
E o esplendor do Cruzeiro do Sul.

Recebe o afeto que se encerra
Em nosso peito juvenil,
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil!

Contemplando o teu vulto sagrado,
Compreendemos o nosso dever;
E o Brasil, por seus filhos amados,
Poderoso e feliz há de ser.

Recebe o afeto que se encerra
Em nosso peito juvenil,
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil!

Sobre a imensa Nação Brasileira,
Nos momentos de festa ou de dor,
Para sempre, sagrada bandeira,
Pavilhão da Justiça e do Amor!

Recebe o afeto que se encerra
Em nosso peito juvenil,
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil!


Ouça o nosso lindíssimo Hino à Bandeira.

Friday, November 16, 2007

LOBISOMEM: TEATRO INFANTIL



Olá, gentamiga,
o Lobisomem Zonzo é o meu terceiro livro infantil lançado pelas Edições Nascente, em 1998. É a estória de quatro meninos, Bichin, Gordim, Jeguim e Maluquim que se perdem na floresta e se deparam com o temor do lobisomem. É uma estória engraçada que foi transformada em teatro e já foi premiada em vários festivais pelo Brasil. No final do espetáculo a gente canta esta cançãozinha que eu fiz:

CANTIGA DA VIDA

Letra & música de Luiz Alberto Machado

Não derruba mata, não derruba não!
Não polui as águas, não polua não!
A vida é um dom, viver é bom!

Não morrer de fome, não a fome não!
A casa é para o homem, a guerra não é não!
A vida é um dom, viver é bom!
Bom é viver!
Bom é viver!

Veja mais no Brincarte e + Música.

Thursday, November 15, 2007

Wednesday, November 14, 2007

DIA DA ALFABETIZAÇÃO



Gentamiga,
Olhe outra das preferidas do pai Lula:

Lá no meu sertão
Pros caboco lê
Tem qui aprendê
Um outro ABC
O jota é ji
O ele é lê
O ésse é si
Mas o erre
Tem nome de rê
Até o ypsilon
Lá é pssilone
O eme é mê
O efe é fê
O gê chama-se guê
Na escola é engraçado
Ouvir-se tanto ê

A BÊ CÊ DÊ FÊ GUÊ LÊ MÊ NÊ
PÊ QUÊ RÊ TÊ VÊ e ZÊ

(ABC do sertão, Luiz Gonzaga / Zé Dantas).

Veja mais Gonzagão e + Música.

Monday, November 12, 2007

MANUEL BANDEIRA



Bão balalão,
Senhor capitão,
Tirai este peso
Do meu coração.
Não é de tristeza,
Não é de aflição
É só de esperança,
Senhor capitão!
A leve esperança,
A aérea esperança...
Aérea, pois não!
- Peso mais pesado
Não existe não.
Ah, livrai-me dele,
Senhor capitão!

(Manuel Bandeira, Rondó do Capitão).

Veja mais Brincarte.

Thursday, November 08, 2007

FREVO



Gentamiga,
Em 2007 se comemora o centenário do Frevo. E segundo o mestre potiguar Câmara Cascudo o frevo é uma movimentação, um reboliço, uma agitação popular no Recife. Por isso veja mais Frevo e ouça um Frevo.

E veja mais Música.

Wednesday, November 07, 2007

AS PREFERIDAS DO PAI LULA



Foto: Daniel Knupp Augusto.

LUAR DO SERTÃO

(Catulo da Paixão Cearense)

Não há, ó gente, oh! Não
Luar como esse do sertão...
Oh, que saudade do luar da minha terra
Lá na serra branquejando folhas secas pelo chão
Este luar cá da cidade tão escuro
Não tem aquela saudade do luar lá do sertão
Se a lua nasce por detrás da verde mata
Mais parece um sol de prata prateando a solidão
E a gente pega na viola que ponteia
E a canção é a lua cheia a nos nascer no coração
Ai, quem me dera que morresse lá na serra
Abraçado à minha terra e dormindo de uma vez
Ser enterrado numa grota pequenina
Onde à tarde a Sururina chora a sua viuvez
Não há, ó gente, oh! Não
Luar como esse do sertão...


Veja mais Música.

Tuesday, November 06, 2007

BRINCANDO



Meninada!
Prest´enção! Boca-de-forno?!
Forno!
Tiraram bolo?
Bolo!
Pois eu sei, vocês estraçalharam o bolo, agora só tem farelo. E eu com cara de amarelo, sem ter como me alimentar. Por causa disso, vocês vão fazer tudo que eu mandar!
Como?
Isso mesmo, já vou ordenar: Mindinho, como é o menor, vai limpar o eixo do sol!
Eita!
Seu Vizinho, você vai prender o Saci-Pererê!
Danou-se!
Maior-de-Todos! Por ser o maior, vai pescar a Jubarte de anzol!
Lasquei-me!
Fura-Bolos! Como você é o mais comilão, você vai buscar um doce em Plutão!
Virgem-santa!
E o Cata-Piolho!
Sim, senhor!
Por ser o mais sonso, vai pular a cachoeira de Paulo Afonso!
Valha-me!
O que é que há, o que é que há?
Ih..... assim não dá, assim não dá!


(adaptado duma brincadeira recolhida por Paulino Santiago, nos "Jogos e brinquedos da minha infância", registrado no Boletim da Comissão Alagoana de Folclore - Maceió, anos VII/XIV, 1970).

Veja mais Brincarte.

Monday, November 05, 2007

PASSARINHO, PASSARINHO



Imagem: Otalia Caussé

Acho isso um papel muito mesquinho:
prender ave que vive em liberdade.
Eu pergunto a quem temmetalidade:
Por que é que se prende um passarinho?
Eu tenho pena em ver o pobrezinho
Que vivia no meio da passarada,
Passar a ter uma vida tão privada,
Nem cantando o coitado se consola,
Vivendo preso em uma imunda gaiola
Sem matar, sem roubar, nem fazer nada

(Manoel Bentevi, Por que é que se prende um passarinho sem matar, sem roubar, nem fazer nada?. In: Desmanchando o Nordeste em Poesia. Recife: Bagaço, 1986).

Veja mais no Guia de Poesia.

Friday, November 02, 2007

JAYME GRIZ




"Que ruído!
Que barulho!
Que coisa atordoante!
Até que enfim,
Vi a mijada do gigante!
"
(Jayme Griz, Cachoeira de Paulo Afonso. In: Poetas dos Palmares. Recife/Palmares: FUNDARPE/Fundação Casa da Cultura Hermilo Borba Filho, 1987).

O poeta, contista e ensaísta Jayme Griz dedicou-se às pesquisas folclóricas, publicando vários livbros, dentre eles Rio Una, Acauã, Palmares, seu povo, suas tradições, O lobisomem da porteira velha, Negros e O cara de fogo. Veja mais Palmares, Poetas dos Palmares e Rio Una.

Thursday, November 01, 2007

ASCENSO FERREIRA



FILOSOFIA

Hora de comer, - comer!
Hora de dormir, - dormir!
Hora de vadiar, - vadiar!

Hora de trabalhar?
- Pernas pro ar que ninguém é de ferro!


(Ascenso Ferreira, Filosofia. In: Poetas dos Palmares, 1973).

Veja mais no Pesquisa & Cia.

Wednesday, October 31, 2007

MENININHONITO



A BOLA MURCHA DO MENININHONITO

Luiz Alberto Machado

Menininhonito nunca tivera uma bola. Talvez, quem sabe, seja esta a razão de seu destrambelhamento. De sua mesma, nunca. Verdade. Por esta razão não podia ver uma rolando que corria para fazer gol. Quer dizer, correr, corria; daí fazer gol é outra história. Era tão desajeitado que mirava na pelota e acertava pé, toco, chão, grama, canelas, muro, o que tivesse pela frente, menos a bola. Por isso, claro, nascia um perna-de-pau de não poder ver nada pela frente que queria chutar. Até ximbras, rolimãs, bolas de meias, tomates, laranjas, foi redonda, tome. Até quengo de coco de quase estrepar-lhe um dos pés. Tudo na maior sem-jeitice de entrevado nato. Pudera, prá correr era todo avexado, verdadeiro papa-léguas. Agora para acertar o que queria, nossa, nem cego de guia sem tino. Um desastrado mesmo.
Também, pudera era o único a levar livros pros campinhos de barro batido da redondeza. Já viram essa? Agora me digam uma coisa: alguém já viu dizer que alguém aprendeu futebol em livros? Mas não era isso, era que ele era dividido entre o mundo da fantasia das histórias e da algazarras maloqueiras na pelada futebolística.
No mais das vezes, ficava ele lá plantado nas arquibancadas improvisadas, assistindo a partida. Se o jogo fosse xôxo, ele lia; se pegasse fogo, torcia. Para ele jogar, hum, passava uma eternidade, claro, quem lá escalaria inábil prum jogo? Nem doido!
Quando aparecia uma vaga prá jogar, lá ia ele todo estufado pronto para se tornar o melhor atleta de todos que estavam na partida. Ao ter oportunidade de conduzir a redonda, no primeiro encontrão, ficava pendurado na cerca de arame farpado. Imaginem a agonia para desentalar o rapaz das farpas sem arranhão, hem? Ou então, no primeiro desequilíbrio, caía estendido nos esgotos que faziam as margens do campo.
De tão inapto no trato com a bola, só causava ira nos companheiros e alegria nos adversários. De tão lerdo, era capaz de comemorar gol contra que ele mesmo fazia. E ainda gritava: - fiz o gol, vamos bater o centro!
Como não tinha a menor condição de ficar na linha, botavam ele de goleiro. E no gol, levava bicudo no pau da venta, até bolada na caixa dos peitos de ficar desacordado por horas. Quer dizer, a bola que batia nele, ele nunca agarrava nada. Do jeito que viesse, passava. Mas fazia esforço, se jogava no chão da poeira cobrir. Com pena, dispensavam-no para que não se vitimasse de uma sova prometida pelos jogadores do seu próprio time.
Saia ele então todo relado, imundo, verdadeiramente emporcalhado. Isso resultava dele chegar em casa mais melado, cortado e fedendo todo, a ponto da coitada da mãe tapar o nariz e dar-lhe reprimendas e puxavanques, dele ficar mais ainda lapiado. Resultado: só andava mostrando arranhões, cortes, lascões, fissuras e perebas por todo corpo.
Não adiantava, sonhava ser um dia um Rivelino, Pelé, Afonsinho, Tostão, mas mal conseguia driblar um deficiente na defesa, de trupicar na moleta e se estatelar com o queixo no chão, abrindo a cara em bandas e deixar à mostra uma janelinha dentária linda! E não desistia, treinando dribles elásticos de ver beques plantados com a bunda no chão, ensaiando toques da vaca, embaixadas, fintas mil, mas isso, só de sonho, né? Na real, mal conseguia correr que se enganchava nas próprias pernas. E o cúmulo: driblava ele mesmo de ficar zonzo e perder a bola. De tão desajustado, os colegas escalavam-no sempre pro time adversário. Necas, banco era a melhor posição dele. Ou de gandula. Nem prá juiz ou banderia servia. Quem queria? Daí, futebol e livro era o seu passatempo. De fato, nunca aprendera a jogar bola. Isso e nem mesmo baralho, dominó, nem firo, sinuca, nem nada. Quando muito acertava uma pedra ou no telhado, ou na vidraça ou no cocuruto de um, correndo em desabalada para se esconder de tempo ruim para sua banda. Só acertava mesmo era ler e dar trabalho, mais nada. Ainda hoje sonha em ser escritor de futebol. Pode? Sei não, hem?

© Luiz Alberto Machado.Direitos reservados.

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Tuesday, October 30, 2007

POESIA



Imagem: Mediterraneo vecchio, 1973, de Antonio Corpora (1909-2004) pintor italiano

QUEDA

Luiz Alberto Machado

Minha
Voz
Caiu
Do
Muro
Espatifou-se
No
Piso
Negro
Do
Silencio.

© Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. In: Primeira Reunião. Recife: Bagaço, 1992.

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Friday, October 26, 2007

POESIA



VIDA VERDE VIVA

Luiz Alberto Machado

Convem lembrar da vida nos olhos de todas as manhãs.
Convêm lembrar da terra dos pés de todas as cores, coisas, raças e crenças.
Convém lembrar de todos os ventos,
do rio de todos os peixes, todas as canoas, brejos, lagos e lagoas.
De todos os mares, oceanos e marés.
De todas as várzeas, todos os campos,
todos os quintais de todas as frutas e infâncias,
de todas as selvas dos bichos de todas as feras e mansasm
de todas as matas, de todas as flores e folhas,
de todas as aves, repteis e batráquios.
De tudo que brilha pra gente um outro sentido de vida.
Convém lembrar, acima de tudo, o direito de viver e deixar viver.

© Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. In: Primeira Reunião. Recife: Bagaço, 1992.

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Thursday, October 25, 2007

DIA DA DEMOCRACIA



Olá, gentamiga,
Hoje é o dia da Democracia, da Construção Civil e da Saúde Dentária.

Primeira: Mindinho andava chorando com os dentes-de-leite incomodando.
- Que foi, Mindinho? -, perguntou Menininhonito doido para saber o que se passava e aprontar das suas.
- Dente doendo -, disse Mindinho choramingando.
Foi aí que Menininhonito pegou do alicate e disse:
- Abra a boca!
- Eita! Pra quê?
- Preu arrancar logo esses doedores todos!
Póin!

Segunda: O Maior-de-todos era cheio de arrumações. Teve um dia ele inventou de construir uma cidade de barro no quintal. Nossa, ficou uma coisa bonita medonha. Todo organizado. Só que tomou o quintal todinho. Os carrinhos de pau ficavam trafegando nas ruazinhas. Os bonequinhos nas casas. Um primor. Só que quando a trupe da bagunça viu aqui, virou um escarcéu.
- Onde é que a gente vai brincar, hem? -, perguntou Alvoradinha sob o olhar de interrogação de todos os meninos da casa.
Aí, como o Maior-de-todos era o maior de todos eles, disse em tom autoritário:
- Os incomodados que se mudem!
Aí, virou bagunça. Os presepeiros avançaram todos sobre a cidadadorama dele e se danaram a brincar findando numa verdadeira destruição.
Não deu.

Terceira: Bichim, um dia, convocou a tropa toda para escolher o líder. A turma do Falange, Falanginha, Falangeta queria outro líder, menos o Maior-de-Todos que era autoritário. A turma do Lobisomem Zonzo não queria o JeGuim porque era muito brabo. E cada um dava um pitaco:
- Eu sou o líder! -, gritou Alvoradinha.
- Não, você não, eu que sou o líder -, reclamou Menininhonito.
E não se entenderam. Fizeram uma eleição. Resultado: empate. Um voto para cada um. Isso é que é democracia.
Teibei.

Vamos para outra? Amanhã tem mais. Beijabrações.
Luiz Alberto Machado

Wednesday, October 24, 2007

ANIVERSÁRIO DE MANAUS



Imagem: Teatro Amazonas, centro de Manaus.

Pedras do porto da cidade
na verdade pedras duras
do portão da face escura
em que a cidade se escondeu
E se perdeu como canção
que nega as flores do seu chão
para cantar outro lugar
para cantar outro lugar
Então, canta Manaus!
- filha da tribo –
canta hoje o teu castigo
ser um rio vivendo o mar

(Adalberto Holanda & Eliberto Barroncas, Pedras de Manaus - Raízes Caboclas)

Olá, gentamiga,
Hoje quero homenagear a cidade de Manaus que está aniversariando. Esta homenagem também vai para a miss Brasil 1957, Terezinha Morango; o maestro e compositor Claudio Santoro (1919-1989); o escritor e romancista Márcio de Souza; o escritor e professor universitário; Milton Hatoum; o escritor e tradutor Daniel Pellizzari; o cantor e compositor Vinicius Cantuária; o cineasta Djalma Limongi Batista; o diretor de cinema Aurélio Michiles; o piloto de Fórmula 1, Antonio Pizzonia; o dançarino e solista do 'American Ballet Theatre' de Nova Iorque/EUA, Marcelo Mourão Gomes; os atores Malvino Salvador, José Augusto Branco e Gabriel Azevedo; o novelista Antonio Calmon; e o estudioso e pesquisador Samuel Benchimol.

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Tuesday, October 23, 2007

DIA DA AVIAÇÃO E DO AVIADOR BRASILEIRO



Quando aos ares vou subindo
Extasiado vou sorrindo
Nas delícias de voar.
Vou cantando, vou sonhando,
Quando vejo estou voando,
Sobre a terra, sobre o mar...

(Maria A. Lorena Barbosa, Canção do aviador. In RIBEIRO, Wagner. Antologia de cantos orfeônicos e folclóricos. São Paulo: FTD, 1965).

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Monday, October 22, 2007

BRINCANDO COM ELITA




Olá, gentamiga
Hoje quero homenagear a memória da amigirmã, escritora, psicóloga e professora ELITA AFONSO FERREIRA. Ela escreveu 17 livros infantis pelas Edições Bagaço que muito alegraram a garotada. Por causa disso escrevi um texto BRINCANDO COM ELITA para que todos vocês curtam. Cliquem ai: BRINCANDO COM ELITA.

Beijabrações
Luiz Alberto Machado

Friday, October 19, 2007

PIAUÍ



Foto: Davi Melo.

“(...) Meu boi morreu, que será de mim? Manda buscar outro, maninha, no Piauí

AH, PIAUÍ!

Luiz Alberto Machado

Quando cheguei na Chapada do Araripe
Fui bater nas Sete Cidades Encatadas
Abri no peito a cantada
Daquelas de boa estirpe

E cantei pela soja, arroz, algodão,
E até da cana, do mel e da mandioca
O caju que tem de muitão
De me esconder no meio da loca.

Salve Assis Brasil, Mario Faustino,
Torquato Neto e Castelo jornalista.
Foi lá que cantei meu no destino
No meio da quentura fatalista!

Vi o campo maior, campo de gado
Vestindo de couro a cantiga
Saí pela Gurgéia, Canindé, todo lado
Dos palmeirais à Tabatinga:

Eu sou como o Parnaíba,
que só corre para o mar,
viro e mexo, faço voltas
mas meu destino é te amar
”.

Ó, Piauí!
Ó, Piauí!

© Luiz Alberto Machado. Direitos reservados.

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Thursday, October 18, 2007

DIA DO PINTOR E DO MÉDICO



Imagem: Vitruvian Man (Human Proportions), 1492 (Galleria dell'Accademia, Venice, Italy) de Leonardo da Vinci (1452-1519), Pintor, Escultor e Arquiteto Italiano - Alta Renascença.

MENININHONITO À LA DA VINCI

Luiz Alberto Machado

Não é que Menininhonito é um danado mesmo. Destá. O menino já ensaiava das suas presepadas. Ensaiava não, já matava muita gente do coração com as suas. Uma delas foi quando ele, treloso que só, deu de cara com a obra e os desenhos anatômicos de Leonardo da Vinci. Ficou tão maravilhado com tudo que resolveu assumir sua veia pictórica e começou a melar o papel, rabiscando e inventando umas figuras que mais pareciam garranchos que qualquer outra coisa. Só que tem um detalhe: ele não tinha nem nunca teve aptidão alguma para desenhista, muito menos para artista plástico. Mas para enrolão, ah, era perito. Não deu outra.
Foi então quando ele viu passando faceira a Ximênia, que teve a idéia - plim! - de colocar em prática seus intentos.
- Ei, Ximênia, tira a roupa que eu quero examinar você para ser modelo na minha obra de arte.
- Como é? -, disse ela intrigada. Isto porque era já vacinada das estripulias e maluquices do Menininhonito que não parava de aprontar muitas e boas.
- É o seguinte: calma, agora sou artista. Médico e artista feito Leonardo da Vinci.
- Oxente, quem é esse?
- É um pintor que começou examinando as pessoas para depois realizar sua arte. Esse aqui, olha: Leonardo da Vinci, autor daquele quadro famoso Mona Lisa, La Gionconda, conhece? Lembra da professora falando dele na escola?
- Não.
- Esse aqui! -, mostrou uma reprodução da obra.
- Peraí, explica direirinho isso!
- É o seguinte: virei artista. Ou melhor, médico e artista feito ele. Aí para alcançar a glória preciso que você tire a roupa, eu examine você todinha para ver o que você tem e o que não tem, para eu poder pintar você.
- Não estou entendendo essa de tirar a roupa...
- É que você precisa colaborar com a minha vocação de artista/médico.
- Pintor? Médico? Desde quando? O meu vizinho é pintor de parede e nunca pediu para ninguém ficar nua nem para examinar nada na pessoa, ora!
- Ah, pintor de parede é uma coisa. Eu sou artista. Artista que é cientista e médico.
- Hum... E o que tem isso comigo?
- Eu quero que você tire a roupa para eu lhe examinar como um médico para depois eu fazer um desenho seu, a minha obra-prima.
- Nua?
- Não. Sim. É o seguinte... você tira a roupa, eu examino e depois faço tudo no quadro... você não estará nua, quer dizer, fica nua mas não estará nua lá, só preciso disso para melhor colocar as coisas lá.
- Como?
Quanto mais ele explicava, mais ela peiticava. Ficou enrolado, mais dizia, desdizia e não convencia. Não teve jeito. Depois de hora de persuasão, papo vai, papo vem, explicações, meio mundo de teorias e loas, e a menina nada. Menininhonito cansou.
- É, você não tem sensibilidade para a arte. Deixa para lá.
Durma com um barulho desses.

© Luiz Alberto Machado. Direitos reservados.

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Wednesday, October 17, 2007

DIA INTERNACIONAL DE ERRADICAÇÃO DA POBREZA

Eu sou pobre, pobre, pobre de marré, marré, marré” (Domínio popular recolhido por Valdemar Valente, in: Folclore brasileiro: Pernambuco).

Quando a vida aflora, todos chegam nus.
E a vida é paratodos, sem distinção.


Luiz Alberto Machado & a Trupe do Brincarte.

O POBRE NA POESIA POPULAR:

MENINO DA RUA (Letra & música de Silva Novo)

Menino de rua, de roupa rasgada, carinha pintada de barro e carvão. Pezinhos descalços, correndo contentes. Nas pedras ardentes. Na areia do chão. Menino da rua, da rua onde a vida é terra dorida que raro dá flor. Garoto vadio, rebelde, gabola. Sem lar nem escola, sem dó nem temor. Menino da rua, menino sem nome, que às vezes a fome obriga a roubar. Qual é teu destino, que sorte te espera? Meu pobre menino, menino sem lar?

O POBRE
(...) O menino pobre tem Mingau de fubá cozido
Sem leite tôd ou aveia Aguado e sempre dormido E até sem leite materno
Que o da mamãe foi sumido (...) O menino pobre tem Shortinho e cueiro rasgado Sem pijama ou mosquiteiro Nem ar condicionado Por berço tem o chão frio E coberta é saco emendado (...) Cria se o menino pobre Dormindo pelas calçada Tomando banho na poeira E nas valas enlamaçada Papando barro e tijolo E a barriga toda inchada (...) Enquanto o menino pobre Já tem os pés calejado Pisando em caco de vidro
Pregos ou arame enfarpado Bebe água até de vala E tem saúde e é corado (...) O menino pobre anda Descalço sujo e rasgado Panha chuva noite inteira Passa um sufoco danado E não sente dor nem canseira Pois já tem o lombo curado. (...) O pobre dorme em chão frio Nas gigantes construção Panha chuva noite e dia Entre relâmpago e trovão Faz pernoite nas calçada E tem saúde de um leão (...) O pobre já nem si lembra Da barriga ou coração Suas massage é nos trens De Japeri ou Barão E sua cardiologia É os chute na condução (...) O pobre não sente nada Pois o seu tempo não dá Para preguiça ou cansaço Em seu corpo penetrar Tão grande é seu sofrimento
Que isto não o faz abalar (...) Um pobre encontra com outro Morrendo a fome e doente
Já pergunta como vai O outro responde soridente Sou cheio de vida e saúde Esconde as dores que sente (Jota Rodrigues).

CORDEL DO BOM MALAQUIAS
Quanta pobreza, meu Deus, em meio a tanta riqueza. No farol, crianças pedem comida, em sua magreza. Ricos exploram os pobres.Meu Deus, quanta malvadeza!” ( J. Carino, Cordel do bom Malaquias).

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Tuesday, October 16, 2007

DIA MUNDIAL DA ALIMENTAÇÃO



CANTIGA DO FURA-BOLOS

Luiz Alberto Machado

Quero comida no café da manhã.
Pra que eu possa ter uma vida sã.

Quero comida na hora do almoço.
Pra quando crescer virar lindo moço.

Quero comida na hora do jantar.
Fazer digestão para poder brincar.

Quero comida, arroz e feijão.
Quero comer e comer de muitão.

Quero frutas, quero verduras
Pra que possa na vida fazer aventuras.

Quero carnes, peixe e leite,
Porque na comida está meu deleite.

Quero comer para ser saudável
Pra ter equilíbrio e ser responsável.

Quero comida e sempre comer.
Também quero LIVROS para ler.

Pois é COMENDO e LENDO
Que na vida eu vou VIVENDO!!!!

Veja mais Falange, falanginha, falangeta!

Monday, October 15, 2007

DIA DO PROFESSOR



AOS NOSSOS BONS MESTRES
(Cânon) Música popularizada com letra de Wagner Ribeiro. In: RIBEIRO, Wagner. Antologia de cantos orfeônicos e folclóricos. Volume IV. São Paulo: FTD, 1965.

Aos nossos bons mestres,
Gentis companheiros,
Cantemos com alegria
A mais linda melodia:
Tra-lá-lá-lá,
Lá-lá-lá-lá,
Tra-la-la-lá,
La-la-lá-lá.


A nossa homenagem aos profesores & profesoras.

Luiz Alberto Machado & toda trupe do Brincarte.

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Friday, October 12, 2007

DIA DA CRIANÇA



Imagem: capa do livro Brincarte publicado com trabalho da garotada do II Prêmio Nascente de Arte Infanto-Juvenil, com apresentação de Mauricio de Sousa & Turma da Mônica, Artur da Távola, Adelaide Consoni e Francisco Filardi. Brincarte. Maceió: Nascente, 1999.

VIVENDO & BRINCANDO

Luiz Alberto Machado

Quando eu era um menino da beira do rio peguei uma estrela. Uma estrela bem pequenininha que brilhava muitão. Foi nela que dei asas à imaginação. Vi tudo no mundo cantando a criança feliz que nasceu por um triz. Alegre a cantar pra alegria dos pais. E no meu sonho infantil virei o Brasil. Aí o meu bom Jesus desceu da cruz e conduziu meu olhar para todos os seres da terra. Os campos, as casas, as pessoas, os animais. E a coisa que mais gostei: ser eternamente menino. Um menino que todos os dias olha pro sol e diz: obrigado. Ao ver o mar, obrigado. As pessoas cruzando, obrigado. Isto porque é bom demais estar vivo. E a verdade da vida está no olhar da criança.

Veja mais Criança.