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Friday, July 04, 2014

A LITERATURA INFANTIL DE CLARICE LISPECTOR


CLARICE LISPECTOR – A escritora e jornalista nascida na Ucrânia, naturalizada brasileira e declaradamente pernambucana Clarice Lispector (1920-1977 – nome adotado por Haya Pinkhasovna Lispector), formou-se em Direito e colaborou em jornais cariocas. Escreveu diversos livros, o primeiro deles Perto do Coração Selvagem (1944).


Dedicou-se exclusivamente a escrever e publicou mais de 20 livros entre romances, contos, crônicas e, inclusive infantis. Em 1967, publicou o seu primeiro livro infantil: Mistério do coelho pensante. “[...] Coelho é como passarinho: se assusta com carinho forte demais, fica sem saber se é por amor ou por raiva. A gente tem que ir devagar para ele ir se acostumando, até que ele ganha confiança”.


Em 1969, publicou o segundo livro infantil: A mulher que matou os peixes. Sabem de uma coisa? Resolvi agora mesmo convidar meninos e meninas para me visitarem em casa. Vou ficar tão feliz que darei a cada criança uma fatia de bolo , uma bebida bem gostosa, e um beijo na testa. [...] Antes de começar, quero que vocês saibam que meu nome é Clarice. E vocês, como se chamam? Digam baixinho o nome de vocês e meu coração vai ouvir.[...]”


Em 1974, lança o livro infantil A vida íntima de Laura. A verdade é que Laura tem o pescoço mais feio que já vi no mundo. Mas você não se importa, não é? Porque o que vale mesmo é ser bonito por dentro”.


Em 1978, publica o seu quarto livro infantil: Quase de verdade. O galo se chamava Ovídio. O ‘o’ vinha de ovo, o ‘vídio’ era por conta dele. A galinha se chamava Odissea. O ‘o’ era por causa do ovo e o ‘dissea’ vinha por conta dela. Aliás, o mesmo acontecia com Oniria: o ‘o’ do ovo e o ‘niria’ porque assim queria ela. Casada com seu Onofre era em homenagem ao ovo – você adivinhou certo: o ‘nofre’ era malandragem dele... [...] A bruxa má se chamava Oxelia. O ‘o’, etc., etc., etc., você já sabe. [...] um empregado, de nome Oquequê (o ‘o’ do ovo, e assim por diante) [...] uma bruxa muito da boa chamada Oxalá, o ‘o’ do ovo e o ‘xalá’ por vaidade”.

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