ROBERT HENRYSON - O poeta escocês Robert Henrysson (1460-1500) destacou-se pela
narratina macabra, humor extravagante e espírito autenticamente esconces. As suas
Fabilis revivem conhecidas fábulas de
Esopo (publicando Moral fabilis of Esope)
e dando continuidade à obra de Chaucer, incluindo versões desconhecidas e
trabalhos originais, tornando-se um recriador mais que tradutor.
Fez uso do antropomorfismo
em suas fábulas morais, onde a mistura de características humanas e animais é
particularmente sutil e ambígua. O livro índio Panchatantra e os contos Jataka
empregam animais antropomórficos para ilustrar vários princípios de vida. Sua escrita é constituída principalmente de obras narrativas altamente
inventivas em seu desenvolvimento
de técnicas de contação de histórias,
demonstrando um equilíbrio de humor sagaz e de alta seriedade
que muitas vezes é multicamadas em seus efeitos, a exemplo do seu Morall Fabillis, um
longo poema estruturado
de treze histórias fábula em um ciclo que é executado pouco menos de 3000 linhas,
no qual ele expressa uma visão de
mundo consistente, mas complexa,
que parece normal contenhando
elementos críticos e questionadores.
Aparece, então com uma visão mais trágica no seu Testamento de Cresseid, que é um conto de sutileza moral e psicológica de um modo trágico fundada
sobre o conceito literário de "completar" a história de arco para um
personagem em um poema de Chaucer. O seu Testamento de
Creseid e a pastorela Robene and Makyne, são caracterizadas
por uma narrativa carregada de comicidade e dramaticidade, superando o
tradicional estilo retórico pela nobreza e profundidade de sentimentos e
apurado sentido da forma. Entre as suas fábulas destacam-se A ovelha e o cão, O leão e o rato, A pregação
da andorinha, O lobo e o cordeiro,
entre outras.
REFERÊNCIA
FERRER, Juan José Prat. Historia del cuento tradicional. Urueña: Fundación Joaquín Díaz, 2013.