A CRIANÇA E O BRINCAR – Ao fazer uma
afirmação teórica sobre o brincar – não sobre a brincadeira =, Donald Winnicott
chama atenção para longe da sequencia psicanálise, psicoterapia, material para
brincar, brincar, e recoloca tudo na ordem inversa.
“Dê um
grande valor à capacidade da criança de brincar. Se uma criança brinca há lugar
para um sintoma ou dois, e se ela gosta de brincar tanto sozinha quanto com
outras crianças não há problemas graves em funcionamento. Se ao brincar ela tem
prazer em usar uma rica imaginação e, se, além disso, ela também gosta de jogos
que dependem da percepção exata da realidade externa, você pode se considerar
feliz, mesmo que a criança em questão molhe a cama, gagueje, seja temperamental,
tenha ataques de mau humor ou depressão. O brincar mostra que essa criança é
capaz de, dado um ambiente razoavelmente bom e estável, desenvolver um modo de
vida pessoal e, eventualmente, de tornar-se um ser humano total, desejado
graças a isso, e bem-vindo pelo mundo em torno [...] Em outras palavras, o brincar é que é universal, e próprio da saúde: o
brincar facilita o crescimento e, portanto, a saúde; o brincar conduz aos
relacionamentos grupais. O brincar pode ser uma forma de comunicação na psicoterapia;
finalmente, a psicanálise foi desenvolvida como uma forma altamente
especializada de brincar, a serviço da comunicação consigo mesmo e com os
outros. o natural é brincar [...] ”.
REFERÊNCIA:
NEWMAN, Alexander. As ideias de D. W.
Winnicott: um guia. Rio de Janeiro: Imago, 2003.
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