CLARICE LISPECTOR – A escritora e jornalista nascida na Ucrânia, naturalizada brasileira
e declaradamente pernambucana Clarice Lispector (1920-1977 – nome adotado por
Haya Pinkhasovna Lispector), formou-se em Direito e colaborou em jornais
cariocas. Escreveu diversos livros, o primeiro deles Perto do Coração Selvagem
(1944).
Dedicou-se
exclusivamente a escrever e publicou mais de 20 livros entre romances, contos,
crônicas e, inclusive infantis. Em 1967, publicou o seu primeiro livro
infantil: Mistério do coelho pensante. “[...]
Coelho é como passarinho: se assusta com
carinho forte demais, fica sem saber se é por amor ou por raiva. A gente tem
que ir devagar para ele ir se acostumando, até que ele ganha confiança”.
Em 1969, publicou
o segundo livro infantil: A mulher que matou os peixes. “Sabem
de uma coisa? Resolvi agora mesmo convidar meninos e meninas para me visitarem
em casa. Vou ficar tão feliz que darei a cada criança uma fatia de bolo , uma
bebida bem gostosa, e um beijo na testa. [...] Antes de começar, quero que vocês saibam que meu nome é Clarice. E
vocês, como se chamam? Digam baixinho o nome de vocês e meu coração vai ouvir.[...]”
Em 1974, lança o
livro infantil A vida íntima de Laura. “A verdade é que Laura tem o pescoço mais
feio que já vi no mundo. Mas você não se importa, não é? Porque o que vale
mesmo é ser bonito por dentro”.
Em 1978, publica o
seu quarto livro infantil: Quase de verdade. “O galo se chamava
Ovídio. O ‘o’ vinha de ovo, o ‘vídio’ era por conta dele. A galinha se chamava
Odissea. O ‘o’ era por causa do ovo e o ‘dissea’ vinha por conta dela. Aliás, o
mesmo acontecia com Oniria: o ‘o’ do ovo e o ‘niria’ porque assim queria ela.
Casada com seu Onofre era em homenagem ao ovo – você adivinhou certo: o ‘nofre’
era malandragem dele... [...] A bruxa
má se chamava Oxelia. O ‘o’, etc., etc., etc., você já sabe. [...] um empregado, de nome Oquequê (o ‘o’ do ovo,
e assim por diante) [...] uma bruxa
muito da boa chamada Oxalá, o ‘o’ do ovo e o ‘xalá’ por vaidade”.
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