BRINCARTE

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Saturday, January 31, 2009

TURMA DO BRINCARTE NO PRÊMIO ESPIA



Gentamiga,
Numa festa promovida pela maior e mais bem sucedida revista eletrônica dos rincões alagoanos, a Espia, nesta última sexta-feira, dia 30, na orla da Ponta Verde, em Maceió, foi entregue, como de costume, o Premio Espia para as personalidades que merecem aplauso e respeito de verdade – evidentemente que não teve nenhum político nem parasitas nojentos da incompetência governamental geral seja federal, estadual, muito menos municipal.
Na ocasião o escritor e agitador cultural Carlito Lima fez entrega dos diplomas às diversas personalidades que se destacaram no ano de 2008, além de lançar livros, realizar recital e show musical, enfim, uma festa digna da resistência cultural na maior das alegrias.
Foi, então, a oportunidade de cumprimentar a cantora Irina Costa, a poeta Lou Correa, simpáticos e admiradores, e onde especialmente pude estreitar laços de amizade com o poeta e artista visual Tchelo de Barros, o poeta e editor Eduardo Proffa, a médica e crítica literária Cidinha Madeiro, os músicos e compositores alagoanos Junior Almeida e Sóstenes Lima, e, também, quando tive a grata satisfação de conhecer o trabalho de Demis Santana.
Uma noite inesquecível que não precisou - nem precisa - de carimbo, nem chaturas e nem chancela da incompetência oficial.
Também foi a ocasião que a Turma do Brincarte ganhou este maravilhos prêmio.
Obrigado, Carlito, Espia e amigos/amigas e webachegados.

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Sunday, January 25, 2009

MENININHONITO



Imagem: Marcio Baraldi

A BOLA MURCHA DO MENININHONITO

Luiz Alberto Machado

Menininhonito nunca tivera uma bola. Talvez, quem sabe, seja esta a razão de seu destrambelhamento. De sua mesma, nunca. Verdade. Por esta razão não podia ver uma rolando que corria para fazer gol. Quer dizer, correr, corria; daí fazer gol é outra história. Era tão desajeitado que mirava na pelota e acertava pé, toco, chão, grama, canelas, muro, o que tivesse pela frente, menos a bola. Por isso, claro, nascia um perna-de-pau de não poder ver nada pela frente que queria chutar. Até ximbras, rolimãs, bolas de meias, tomates, laranjas, foi redonda, tome. Até quengo de coco de quase estrepar-lhe um dos pés. Tudo na maior sem-jeitice de entrevado nato.

Pudera, pra correr era todo avexado, verdadeiro papa-léguas.

Agora para acertar o que queria, nossa, nem cego de guia sem tino. Um desastrado mesmo.

Também, era o único a levar livros pros campinhos de barro batido da redondeza.

Já viram essa?

Agora me digam uma coisa: alguém já viu dizer que alguém aprendeu futebol em livros?

Mas não era isso, era que ele era dividido entre o mundo da fantasia das histórias e da algazarras maloqueiras na pelada futebolística.

No mais das vezes, ficava ele lá plantado nas arquibancadas improvisadas, assistindo a partida.

Se o jogo fosse xôxo, ele lia; se pegasse fogo, torcia.

Para ele jogar, hum, passava uma eternidade, claro, quem lá escalaria inábil prum jogo? Nem doido!

Quando aparecia uma vaga prá jogar, lá ia ele todo estufado pronto para se tornar o melhor atleta de todos que estavam na partida.

Ao ter oportunidade de conduzir a redonda, no primeiro encontrão, ficava pendurado na cerca de arame farpado. Imaginem a agonia para desentalar o rapaz das farpas sem arranhão, hem?

Ou então, no primeiro desequilíbrio, caía estendido nos esgotos que ornavam as margens do campo.

De tão inapto no trato com a bola, só causava ira nos companheiros e alegria nos adversários.

De tão lerdo, era capaz de comemorar gol contra que ele mesmo fazia. E ainda gritava:

- Eu fiz o gol, vamos bater o centro!

Como não tinha a menor condição de ficar na linha, botavam ele de goleiro. E no gol, levava bicudo no pau da venta, até bolada na caixa dos peitos de ficar desacordado por horas. Quer dizer, a bola que batia nele, ele nunca agarrava nada. Do jeito que viesse, passava. Mas fazia esforço, se jogava no chão da poeira cobrir. Com pena, dispensavam-no para que não se vitimasse de uma sova prometida pelos jogadores do seu próprio time.

Saia ele então todo relado, imundo, verdadeiramente emporcalhado.

Isso resultava dele chegar em casa mais melado, cortado e fedendo todo, a ponto da coitada da mãe tapar o nariz e dar-lhe reprimendas e puxavanques, dele ficar mais ainda lapiado. Resultado: só andava mostrando arranhões, cortes, lascões, fissuras e perebas por todo corpo.

Não adiantava, sonhava ser um dia os seus ídolos, como um Rivelino, Pelé, Afonsinho, Tostão, mas mal conseguia driblar um deficiente na defesa, de trupicar na moleta e se estatelar com o queixo no chão, abrindo a cara em bandas e deixar à mostra uma janelinha dentária linda!

E não desistia, treinando dribles elásticos de ver beques plantados com a bunda no chão, ensaiando toques da vaca, embaixadas, fintas mil, mas isso, só de sonho, né? Na real, mal conseguia correr que se enganchava nas próprias pernas. E o cúmulo: driblava ele mesmo de ficar zonzo e perder a bola.

De tão desajustado, os colegas escalavam-no sempre pro time adversário.

Necas, banco era a melhor posição dele. Ou de gandula. Nem pra juiz ou bandeira servia. Quem queria?

Daí, futebol e livro era o seu passatempo.

De fato, nunca aprendera a jogar bola. Isso e nem mesmo baralho, dominó, nem firo, sinuca, nem nada.

Quando muito acertava uma pedra ou no telhado, ou na vidraça ou no cocuruto de um, correndo em desabalada para se esconder de tempo ruim para sua banda.

Só acertava mesmo era ler e dar trabalho, mais nada.

Ainda hoje sonha em ser escritor de futebol. Pode? Sei não, hem?

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Monday, January 19, 2009

OS JOGOS DE CECILIA MEIRELES



SONHOS DA MENINA

A flor com que a menina sonha
Está no sonho?
Ou na fronha?
Sonho
Risonho:
O vento sozinho
No seu carrinho.
De que tamanho
Seria o rebanho?
A vizinha
Apanha
A sombrinha
Na teia de aranha...
Na lua há um ninho
De passarinho.
A lua com que a menina sonha
É o linho do sonho
Ou a lua da fronha?

O MENINO AZUL

O menino quer um burrinho
Pra passear.
Um burrinho manso,
Que não corra nem pule,
Mas que saiba conversar.
O menino quer um burrinho
Que saiba dizer
O nome dos rios,
Das montanhas, das flores,
- de tudo o que aparecer.
O menino quer um burrinho
Que saiba inventar
Histórias bonitas
Com pessoas e bichos
E com barquinhos no mar.
E os dois sairão pelo mundo
Que é como um jardim
Apenas mais largo
E talvez mais comprido
E que não tenha fim.
(Quem souber de um burrinho desses,
Pode escrever
Para a Rua das Casas,
Número das Portas,
Ao Menino Azul que não sabe ler).

OU ISTO OU AQUILO

Ou se tem chuva e não se tem sol
Ou se tem sol e não se tem chuva!
Ou se calça a luva e não se põe o anel,
Ou se põe o anel e não se calça a luva!”
Quem sobe nos ares não fica no chão,
Quem fica no chão não sobe nos ares.
É uma grande pena que não se possa
Estar ao mesmo tempo em dois lugares!
Ou guardo o dinheiro e não compro o doce
Ou compro o doce e gasto o dinheiro.
Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo....
E vivo escolhendo o dia inteiro!
Não sei se brinco, não sei se estudo,
Se saio correndo ou fico tranqüilo.
Mas não consegui entender ainda
Qual é melhor: se é isto ou aquilo.

A POMBINHA DA MATA

Três meninos na mata ouviram
Uma pombinha gemer.
“Eu acho que ela está com fome”,
Disse o primeiro,
“e não tem nada para comer”.
Três meninos na mata ouviram
Uma pombinha carpir.
“Eu acho que ela ficou presa”,
Disse o segundo,
“e não sabe como fugir”.
Três meninos na mata ouviram
Uma pombinha gemer.
“Eu acho que ela está com saudade”,
Disse o terceiro,
“e com certeza vai morrer”.

COLAR DE CAROLINA

Com seu colar de coral,
Carolina
Corre por entre as colunas
Da colina.
O colar de Carolina
Colore o colo de cal,
Torna corada a menina.
E o sol, vendo aquela cor
Do colar de Carolina
Põe coroas de coral
Nas colunas da colina.

O CAVALINHO BRANCO

À tarde, o cavalinho branco
Está muito cansado:
Mas há um pedacinho do campo
Onde é sempre feriado
O cavalo sacode a crina
Loura e comprida
E nas verdes ervas atira
Sua branca vida.
Seu relincho estremece as raízes
E ele ensina aos ventos
A alegria de sentir livres
Os seus movimentos.
Trabalhou todo o dia, tanto!
Desde a madrugada!
Descansa entre as flores, cavalinho branco,
De crina dourada!

LEILÃO DE JARDIM

Quem me compra um jardim
Com flores?
Borboletas de muitas
Cores,
Lavadeiras e passarinhos
Ovos verdes e azuis
Nos ninhos?
Quem me compra este caracol?
Quem me compra um raio de sol?
Um lagarto entre o muro e a hera,
Uma estatua da Primavera?
Quem me compra este formigueiro?
E este sapo, que é jardineiro?
E a cigarra e a sua canção?
E o grilinho dentro do chão?
(Este é o meu leilão!).

O MOSQUITO ESCREVE

O mosquito pernilongo
Trança as pernas, faz um M,
Depois, treme, treme, treme,
Faz um O bastante oblongo,
Faz um S.
O mosquito sobe e desce.
Com artes que ninguém vê,
Faz um Q,
Faz um U, e faz um I.
Esse mosquito
Esquisito
Cruza as patas, faz um T.
E aí,
Se arredonda e faz outro O,
Mais bonito.
Oh!
Já não é analfabeto,
Esse inseto,
Pois sabe escrever seu nome.
Mas depois vai procurar
Alguém que possa picar,
Pois escrever cansa,
Não é, criança?
E ele está com muita fome.

FONTE:
MEIRELES, Cecilia. Seleta em prosa e verso. Rio de Janeiro: José Olympio, 1973.

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Sunday, January 11, 2009

GABI: A POESIA DA VIDA EM FORMA DE MENINA



Fotos: Derinha Rocha

A Gabi, Gabriela Pereira de Barros Rocha, tem apenas 8 anos de idade e vai estudar na primeira série do Colégio Cristo Rei, em Maceió.

Seu pai, o músico e compositor Jarbinhas Barros, é a grande alegria da sua vida: “Gosto de meu pai até de brincadeira!



Com não menos entusiasmo ela fala da mãe Genilza, da tia Geane, da avó Valderez, da professora Carol e também dos primos Rafinha e Dudu.

Com esfuziante alegria ela fala das coleguinhas Bruna, Alicia, Marina e das tias Derinha, Geneide, Valnia, Elisete, Valeria, Gileide e Valquiria.



Entre as coisas que ela mais gosta estão brincar, estudar, navegar no computador, dançar e, principalmente, cantar.

Veja aqui ela cantando com sua avó Valderez de Barros, a canção Sonata que fiz sobre o poema de Elisabeth Carvalho Nascimento, que tem o arranjo primoroso e as cordas do músico e compositor alagoano Jarbinhas Barros.



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Saturday, January 10, 2009

PRÊMIO ESPIA 2008



Gentamiga,
É com honra e satisfação que comunico pra vocês que a Turma do Brincarte foi contemplada com o prêmio Literatura Infantil do Prêmio Espia 2008.

E festa da entrega dos prêmios será realizada no próximo dia 30 de janeiro, a partir das 17 horas, no Acarajé do Alagoinha – Praia da Ponta Verde, Maceió, quando ocorrerá o lançamento do livro “ASSIM SE PASSARAM 50 ANOS” de Carlito Lima.

Veja a relação completa dos contemplados com o Prêmio Espia 2008.

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Wednesday, January 07, 2009

QUER GANHAR LIVROS BRINCARTE?



Gentamiga,
Você quer ganhar os livros infantis da Turma do Brincarte?
Simples demais: é só escrever história, fazer um desenho e uma poesia com qualquer personagem da Turma do Brincarte e enviar para lualma@terra.com.br com seu nome completo e endereço para concorrer a diversos brindes.

Fez a historinha, um desenho e um poema com qualquer personagem da Turma do Brincarte e já concorre para ganhar os livros:

Falange, falanginha, falangeta
Turma do Brincarte
e
Frevo Brincarte

E mais:

A partir de 30 de março, todo mes será sorteado o prêmio para o participante e ainda contemplará com presentes a professora e a turma do ganhador. Como é? Isso mesmo. Todo dia 30 de cada mes será sorteado entre os participantes para ganhar os livros, publicações, o Brincarte Kit Fest - com doces, salgados e refriferantes -, e, também, a recreação Turma do Brincarte que será realizada e entregue na sala de aula como prêmio do ganhador.

Fácil não é? Simplíssimo!!! Então vamos participar! Participou, ganhou.

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ALVORADINHA COM BRINCARTE NO ORKUT
CLIP DO ALVORADINHA NO MYSPACE