PAIS
QUE EDUCAM
– O livro Pais que educam: uma aventura
inesquecível, de Ceres Alves de Araujo, trata sobre a preocupação dos
especialistas no ensino sobre a reestruturação do papel da escola e do
professor, com a percepção de que a aplicação de teorias psicológicas e
pedagógicas, que tiveram sua importância no passado, talvez não sirva, na sua
totalidade, nos dias de hoje, podendo ter efeitos colaterais indesejáveis,
como estimular o desenvolvimento de uma criança onipotente e prepotente, que
acha que sabe mais que o professor, os pais e de todos. Nessas condições, não
vê ninguém em posição de lhe transmitir algum ensinamento. A tendência dessa
criança é se fechar para o aprendizado com o outro, o que pode ser catastrófico
para ela mais tarde. Trabalhos recentes nas áreas de educação e da psicologia
mostram que a criança precisa aprender da mesma forma com que o homem
desenvolve sua inteligência mediante o relacionamento com outras pessoas.
Dentro desse aprendizado surge a inteligência emocional que é uma troca de
aprendizagens. Em razão disso, é fundamental que o professor exerça o seu papel
na contribuição dessa aprendizagem, na sua relação com seus alunos: ao invés de
impor respeito com o autoritarismo, deve interagir com a criança de forma a
motivá-la pela busca de novos saberes e despertando o interesse por novos
conhecimentos. O desenvolvimento de uma relação sabia entre professor e aluno,
tem efeitos que se prolongam por toda vida, uma vez que o aprendizado não tem
fim e o conhecimento será usado na evolução do individuo no sentido cultural,
humano e profissional. Por outro lado, se a criança for levada a crer que é
capaz de construir seu conhecimento sozinha, certamente terá problema de
relacionamento com quem exerce uma função de autoridade em sua vida. Além do
mais, o papel do professor não deve ser confundido com os dos pais, e
vice-versa. A tarefa de educar cabe aos dois, mas em esferas diferentes. Quem
tem de cuidar para que a criança tenha uma letra legível ou mantenha os
cadernos em ordem é o professor, não os pais. Se a criança diz palavrões ou
briga muito na escola, este é um problema dos pais, não do professor. Quando
esses papeis são compreendidos e bem exercidos, a função dos pais e dos mestres
complementares a educação da criança.
REFERÊNCIA
ARAUJO, Ceres. Pais que educam: uma
aventura inesquecível. São Paulo: Gente,
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