[...] Meu
objetivo neste livro, portanto, é fundamentar um trabalho psicoterapêutico
psicodramático com a criança interna dos adultos. Ele não foi escrito de uma
única vez e nem apenas por mim. Na realidade, trata-se de seis textos, escritos
ao longo de quatro anos, todos versando sobre algum aspecto desta mesma
questão. Por essa razão, o leitor notará que algumas citações e conceitos são
repetidos no decorrer do livro, o que é inevitável, em se tratando de uma
compilação de artigos.
[...] Este
livro tratou, basicamente, do poder que um ser humano tem sobre o outro. Na
infância, imersos em nossa impotência humana e in discriminados, dependemos das
pessoas que cuidam de nós e da forma como o fazem; na vida adulta, plenos de
poder, repetimos com nosso corpo, nossas vidas e com as pessoas que dependem de
nós, os padrões relacionais aprendidos no passado e, no final de nossas vidas,
depende mos de nossos filhos, amigos e/ou profissionais de saúde para nos
ampararem na doença e na velhice. Sempre, por mais que tenhamos nos tomado
independentes, auto-suficientes, poderosos economicamente, cultos, belos etc. —
sempre estaremos à mercê e sempre exercitaremos, a nosso modo, este poder. Se
na infância tivemos nossas necessidades básicas infantis negligenciadas ou
administradas de forma violenta por aqueles que tinham poder sobre nós, as
dores desse período de submissão forçada estarão para sempre registradas no
nosso psiquismo e, de alguma forma, quando exercermos o nosso poder adulto,
essa criança magoada se manifestará. Nenhuma relação humana escapa desse destino
transferencial, a menos que nos tornemos alertas e observemos cuidadosamente
nossa forma peculiar de exercer o poder que temos em cada momento de nossa
vida. Acredito que este seja um dos objetivos de uma psicoterapia bem-sucedida
e, para que ele possa ser atingido, a própria relação terapêutica precisa ser
alvo de uma análise minuciosa, uma vez que nela também se joga com o poder.
SOBREVIVÊNCIA EMOCIONAL – O livro Sobrevivência
emocional: as dores da infância revividas no drama adulto, de Rosa Culkier,
trata de temas como do conceito de criança interna, da psicoterapia da criança
ferida dentro do adulto, como sobrevivem emocionalmente os seres humanos, como
surge uma criança ferida dentro de nós, o que é e como é depender dos outros, o
que significa, exatamente, a necessidade de dependência básica do ser humano, abuso
infantil, abuso sexual, abuso físico, abuso emocional, como sobrevivemos, então,
falso self— nosso adulto bem-sucedido, aspecto multigeracional — contágio
psicológico, como o psicodrama pode ajudar essas crianças soterradas dentro de
nós, quando Narciso encontrou Moreno — o psicodrama dos distúrbios narcísicos
de personalidade, o mito de Narciso, evolução e uso do conceito de narcisismo
na literatura psicológica, perversão sexual, estágio de desenvolvimento normal,
tipo de escolha objetal, modo de regulação da auto-estima, o narcisismo para
Moreno, o que é intrapsíquico para Moreno?,um modelo de intrapsíquico
relacional, minha posição, como tudo começa, critérios para a manutenção da
autoestima, matriz de desenvolvimento narcísico, psicodrama com cenas
regressivas, o paciente borderline e o
psicodrama, o conceito de personalidade borderline, diagnóstico diferencial, etiologia,
psicodinâmica — como funciona o borderline, psicoterapia do paciente borderline,
pontos vulneráveis do terapeuta, o paciente borderline em psicoterapia
psicodramática. dissociação — uma defesa essencial ao psiquismo, Freud, “continuam
dissociativo” um modelo da neuropsícologia para o funcionamento da mente, dissociação
e trauma, níveis patológicos de dissociação,dissociação e infância carente, abuso
profissional, entre outros assuntos.
REFERÊNCIA
CUKIER, Rosa. Sobrevivência emocional: as
dores da infância revividas no drama adulto. São Paulo : Ágora, 1998.
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