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Saturday, February 28, 2015

A EDUCAÇÃO DAS CRIANÇAS, DE MONTAIGNE


[...] Que a consciência e a virtude brilhem em suas palavras e que só a razão tenha por guia Ensinar-lhe-ão a compreender que confessar o erro que descobriu em seu raciocínio, que. Ninguém o perceba, é prova de discernimento e sinceridade, qualidades principais a que deve aspirar. Teimar e contestar obstinadamente são defeitos peculiares às almas vulgares, ao passo que voltar atrás, corrigir-se, abandonar sua opinião errada no ardor da discussão, são qualidades raras, das almas fortes e dos espíritos filosóficos. [...] Entre os estudos, comecemos por aqueles que nos façam livres [...] Uma cabeça bem-feita vale mais do que uma cabeça cheia.


MICHEL DE MONTAIGNE – O filósofo, jurista, escritor, político e humanista francês, Michel de Montaigne (1533-1592), desenvolveu uma série de estudos que foram reunidos em Ensaios que atravessam os séculos, chegando bastante atualizados na contemporaneidade. Esses Ensaios escritos por Montaigne, mesmo que tenham sido elaborados no século XVI, possuem uma atualização capaz de inspirar a todos por sia forma de apresentação e por seu conteúdo. Quanto à educação das crianças, o autor demonstra sua preocupação com a formação humana, entregando-se à reflexão acerca do conhecimento e da forma adequada e bem conduzida para a formação de um ser humano melhor e mais sábio, embasada na experiência filosófica, intelectual, moral e corporal. Com isso, ele critica a educação livresca e mnemônica, ao propor um ensino voltado para a experiência e para a ação, defendendo que a educação deve formar o sujeito para as aptidões do julgamento, do discernimento moral e da vida prática.



REFERÊNCIA
MONTAIGNE, Michel. Ensaios: da educação das crianças. São Paulo: Nova Cultural, 1987.


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