BRINCARTE

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Wednesday, February 02, 2011

AS BRINCADEIRAS RIMADAS DE CRISTIANE MUNIZ



UM MENINO SAPECA E UM SAPO DE CUECA

Era uma vez...
uma, duas, três...
Três pessoas engraçadinhas
que moravam em uma casinha,
bem assim pequenininha.

O maior era o papai.
Ele tinha um vozeirão,
o olho azulão
e um belo narigão

A mamãe era bem baixinha,
mas não era a menorzinha.
Tinha um rosto enferrujado
e um cabelo enrolado
que crescia pra todo lado.

O terceiro, era um tiquinho de gente
de cabelos amarelados,
um nariz arredondado
e olhos esverdeados.

E bem lá no fundo do quintal da casinha pequenininha, morava um sapo.
Um sapo daqueles cinzentos e gorduchinhos que a gente sempre encontra em dia de
chuva.

O tiquinho de gente se encantou com o sapo
e todo dia ia pro quintal,
bater com ele um papo.
O sapo, é claro, nunca respondia.
Ficava ali no canto dia e noite, noite e dia.

Papo vai, papo vem, e o tiquinho de gente
começou a ter uma idéia:
Resolveu que dali para frente
aquele sapo guloso seria seu bicho de estimação.
Deu-lhe então um nome:

SAPO SEBASTIÃO

O tempo passou.
O papo continuou.
Veio então um frio danado,
um menino cheio de roupa e um sapo sempre pelado.

O tiquinho de gente achou aquilo muito injusto.
Resolveu dar um jeito na situação!
Chamou sua vovozinha
e pediu a ela então
que fizesse uma cueca
para o sapo Tião.

Mas o que vocês não sabem,
é que aquela vovozinha
era mesmo maluquinha.
Ao invés de uma cueca
costurou foi uma calcinha.

UMA CALCINHA DE RENDINHA!!!

Ai... ai... ai... ai... ai...
Pensou o tiquinho de gente.
Mas resolveu não falar nada
Com sua avó aluada.

Com a calcinha na mão
Foi aprontar a confusão.
Bem no meio do quintal
vestiu o sapo Tião.

O sapo coitado
Logo se sentiu apertado
Naquele pano rosado,
E saiu todo agitado
saltando pra todo lado.

Pulava daqui,
Pulava dali,
Derrubando tudo pelo caminho.

O tiquinho de gente
Tentou agarrar o sapo.
Mas só o que conseguiu
foi alcançar a rendinha
Daquela apertada calcinha.

A mãe muito preocupada
Mas também muito atrapalhada
Tentou ajudar o menino.
Espichou a sua mão,
Mas só agarrou o calção.

O pai já muito zangado
com aquela confusão
viu que não tinha mais jeito.
Estendeu os braços compridos
e deu na mãe um puxão.

Plaft... ploft... pluft...
Todo mundo foi ao chão.

E bem no meio do quintal...

Um menino empoeirado
olhava todo espantado
um sapo esperto
fugindo pelado.

Enquanto que a mamãe e o papai
riam adoidado
de seu filho sapeca
que um dia quis ver o sapo
usando uma cueca!

CRISTIANE MUNIZ – A escritora e professora Cristiane Muniz se diz mãe de uma criança esperta chamada Matheus e moram em Juatuba, em Minas Gerais. Ela edita o excelente blog infantil Brincadeiras Rimadas e publica seus textos infantis, contos, crônicas, poesias, contos, poetrix´s e prosa poética no Recanto das Letras.

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