BRINCARTE

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Tuesday, November 17, 2015

A MENINA E O CIRCO


A MENINA E O CIRCO: Contação de história marca lançamento de livro em Salvador - O escritor Leonardo Gomes e a Editora Atualiza lançam neste sábado 21 o livro infantil “A menina e o circo”, da Coleção Contos do Papai. O evento terá a participação da Escola de idiomas Influx que contará a história do livro em inglês com uma encenação teatral.
Ilustrado pela Designer Amanda Lauton Carrilho, “A menina e o circo” é o primeiro livro da Coleção Infantil e Bilíngue: Contos do Papai, que surgiu das estórias que o autor contava para os seus dois filhos, Daniela e Eduardo, antes de dormir. O livro tem como tema central o encantamento de uma criança com o circo recém-chegado em sua cidade, porém, depois assistir alguns espetáculos, Joana, voltava para casa triste, preocupada com os animais que se apresentavam no circo. Ela começou a pensar que o lugar dos animais é na natureza. Segundo Leonardo Gomes o livro permite a compreensão de maneira suave e descontraída sobre a triste realidade dos animais que são raptados e obrigados a trabalharem em circos. O livro estará à venda na sede da Atualiza Cursos e na Livraria Cultura a R$ 30,00, e o evento é aberto ao público.

SERVIÇO: Lançamento do livro “A menina e o circo” com sessão de autógrafos e contação de história, neste sábado, 21, às 17h, na Livraria Cultura do Salvador Shopping. Informações: (71) 34447971 / Editora Atualiza (sac@editoraatualiza.com.br).




Sunday, November 15, 2015

Saturday, November 14, 2015

FLIMAR, JORGE DE LIMA, CANGAÇO, MACAMBIRA & QUERIDINA, NITOLINO & FLIMARZINHA


JORGE MATEUS DE LIMA: O PRÍNCICPE DOS POETAS ALAGOANOS

Macambira & Queridina

Mil oitocentos e noventa
E três, quando nasceu
Jorge Mateus de Lima
Esse fato aconteceu
Foi em União dos Palmares
Que esse fenômeno seu deu

Em vinte e três de abril
A criança veio ao mundo
No Estado de Alagoas
Foi um sentimento profundo
Dos pais que o recebera
O amor vinha do fundo

Do fundo do coração
Pois ele era muito amado
Por seu José, dona Delminda
Por quem Jorge foi gerado
O pai senhor de engenho
Riqueza tinha juntado

Em União dos Palmares
Os estudos iniciou
Mudou-se pra Maceió
A estudar continuou
Ao ingressar em Medicina
Morava em Salvador

Mil novecentos quatorze
No Rio ele terminou
O curso de Medicina
E se tornou-se doutor
Mas dedicou-se à poesia
Ainda em quatorze publicou

Publicou o primeiro livro
Já em Maceió morando
Foi com a poesia que Jorge
Seu nome foi projetando
Apesar que Dr Jorge
Já estava clinicando

Se dedicava à política
Medicina e poesia
Sua era corrida
Dia e noite, noite e dia
Era muito o sacrifício
Mas para ele valia

Mil novecentos e trinta
Para o Rio ele voltou
Na Cinelândia ele
Um consultório montou
Também era ateliê
Ponto de encontro tornou

Tornou-se aquele espaço
Um lugar pra se encontrar
Pessoas intelectuais
Algumas delas vou citar
O Graciliano Ramos
Já se pode imaginar

Imaginar o quilate
Das pessoas que iam lá
José Lins do Rego ia
Pra com outros conversar
Eram pessoas pensantes
Que estavam a atuar

Nesse tempo Jorge Lima
Uns dez livros publicou
Cinco deles de poesia
De política ele falou
Foi deputado estadual
Quando em Alagoas morou

Nessa época no partido
Republicano ligado
Foi presidente da Câmara
Mas sempre foi fascinado
Pela poesia, a arte
Era algo inexplicado

De dezoito a vinte e dois
O seu mandato durou
Com a revolução de trinta
No Rio se radicou
Em trinta e nove às artes
Plásticas, se dedicou

De várias exposições
Jorge então participou
Foi mostrando seu trabalho
Que a muitos cativou
Ele era dedicado
E fazia com amor

A Invenção de Orfeu
Seu livro mais importante
Cinquenta e dois era o ano
Quem fala dele garante
Foi quando ele publicou
Essa obra tão gigante

À Academia Brasileira
De Letras, se inscreveu
E a sua candidatura
Por seus vezes aconteceu
Mas foi sempre rejeitada
Jorge Lima entristeceu

Para Ivan Junqueira
Isso foi grande engano
O trabalho literário
Daquele alagoano
Era tão excepcional
Que foi um ato tirano

Foi um ato tirano
Ter negado ao autor
O seu reconhecimento
Não seria um favor
Pois a critica o recebeu
Seu trabalho analisou

Analisou o trabalho
E deu o seu aprovado
O publico também o fez
Demonstrando ter gostado
Das obras de Jorge Lima
Seu trabalho era mesclado

Ivan Junqueira então
Disse não compreender
Como um livro escrito
Não se consegue esquecer
Cinquenta anos depois
E ainda não reconhecer

Reconhecer a importância
Daquele que o escreveu
Ivan Junqueira tratava
Sobre Invenção de Orfeu
Disse ter sido injustiça
A academia perdeu

Perdeu a oportunidade
De ter na sua formação
Um membro tão importante
De constante mutação
Escrevia sobre o novo
Mas também a tradução

Tinha uma colossal
Possibilidade de ler
Do vulgar e do sublime
Ele sabia escrever
Regional e universal
Era fácil entender

O parnasiano, o barroco
Jorge de Lima escrevia
O religioso também
Fazia com alegria
Com a sua multiplicidade
Muitas épocas pertencia

Ao falar de injustiça
Jorge de Lima mostrava
Que a injustiça social
Há muito iniciava
Mesmo com o passar do tempo
Isso ainda continuava

Na Universidade do Brasil
Jorge foi bom professor
De literatura brasileira
Ele a muitos ensinou
A importância da cultura
Dessa forma motivou

Motivou outras pessoas
A gostarem de escrever
Ninguém duvida que ele
Teve vontade de ser
Dos melhores do Brasil
Em tudo que ia fazer

É que tudo que fazia
Procurava caprichar
Jorge de Lima era poeta
E queria propagar
A poesia pelo mundo
Para o mundo melhor

Foram muitos os poemas
Que Jorge de Lima escreveu
O acendedor de lampiões
O Invenção de Orfeu
O simplesmente Poemas
Marcaram o trabalho seu

Teve também Novos Poemas
Tempo e eternidade
A túnica inconsútil
Era escritor de verdade
Escrevia com a alma
E muita sinceridade

Teve A mulher obscura
Uma obra importante
É do poeta um romance
Calunga também garante
O título de bom autor
Romancista triunfante

Foram muitas suas obras
Mas quem seu nome consagrou
Foi Invenção de Orfeu
Poema inspirador
Que até hoje muitos lembram
O nome desse escritor

Mas esse autor infelizmente
Anda muito esquecido
Na memória do povão
Parece ser um falido
Mas alguns especialistas
Tem Jorge engrandecido

E para jovens poetas
Ele é inspiração
É autor iluminado
De muita dedicação
Tem grande desenvoltura
Fértil na imaginação

Jorge de Lima tinha
Uma grande ligação
Com o catolicismo
Eis uma grande questão:
Teria essa verdade
Travado sua ascensão?

Para Ítalo Moriconi
Isso não era verdade
Pois o que o impediu
De ser uma celebridade
Foi ser um poeta completo
Foi sua complexidade

Já era cinquenta e três
Meses antes de morrer
Gravou poemas pra arquivo
Isso é preciso dizer
Foi nos Estados Unidos
É impossível esquecer

Esquecer Jorge de Lima
E o seu potencial
Sua obra é um encanto
É algo fenomenal
O poeta alagoano
É muito especial

É tanto que esse ano
Vai ser homenageado
Da Flimar, em Marechal
Tudo será estampado
Com o nome desse autor
Por muito é respeitado

Essa Festa Literária
Que irá acontecer
Em Marechal Deodoro
Será pra reconhecer
Jorge ainda é importante
Nesse universo de ler

A Flimar é um projeto
Um projeto muito ousado
É incentivo à leitura
E já está concretizado
Pois a cada ano que passa
O público tem aumentado

Incentivar à leitura
Também à preservação
Do patrimônio e cultura
Essa é a mais forte intenção
Carlito Lima se alegra
Com essa sexta edição

Secretario de Cultura
Carlito respira arte
O prefeito Cristiano
É um incentivador a parte
Pois demonstra respeitar
Nessa luta é baluarte

Na terra das Alagoas
A festa é preparada
Essa terra tão bonita
É por Deus abençoada
E por muita gente boa
Será ela visitada

Macambira e Queridina
Fazem portanto questão
De participar da festa
E nessa terra estarão
Agradecendo a Deus
Por esta ocasião.


NITOLINO NA FLIMARZINHA – Por três dias na tenda Mundo da Imaginação estiveram diversas escolas com a garotada para participar da contação de história, brincadeiras e muito frevo para a Manguaba. Até o cangaço invadiu a localidade e lá fez a maior festa. Veja tudo que aconteceu na Flimar & Flimarzinha aqui, aqui, aqui e aqui.






MANGUABA
(Frevo, letra & música Luiz Alberto Machado)

Manguaba lagoa, banhei-me lá
De cetro e coroa só prá reinar
No jugo momesco
Com meu parentesco
Das águas do mar

Manguaba nascente, vou navegar
Até o poente do carnaval
Com vinco, adereço
Sem ter endereço nem onde acabar

Vai ser o batismo
Do bagre decente
De são e doente
Sem cor ou rival

Manguaba da gente
Banha docemente o povo de cá

Manguaba que banha a terra, a semente
Que faz diferente outro dia igual

Manguaba é que sente as dores da gente
Da Chã e do Pilar