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Thursday, January 10, 2013

A IMPORTÂNCIA DA FIBRA NA DIETA ALIMENTAR



A IMPORTÂNCIA DA FIBRA NA DIETA ALIMENTAR - A alimentação saudável é hoje um dos requisitos para se ter uma qualidade de vida. Atualmente a ingestão de alimentos de forma indiscriminada tem levado o ser humano a hiper-alimentação, que aliada a inatividade física e a alimentação às pressas nos restaurantes, contribuem para o aumento do número de doenças crônicas, tais como diabetes mellitus, obesidade, hipertensão arterial, doenças coronarianas, câncer,  entre outras. Por esta razão, a alimentação saudável vem atraindo a atenção de um grande número de pessoas interessadas em ter uma boa qualidade de vida. Com efeito, muitas informações a respeito dos alimentos e de seus nutrientes. As fibras, nesse contexto assumem papel importante por se encontrarem no primeiro e segundo patamares da pirâmide alimentar, envolvendo grupos de cereais, massas e arroz, frutas e vegetais. Com isso, entende-se que as fibras atuam principalmente na ação de retardar a absorção da glicose, diminuindo o pico de insulina e mantendo deste modo a glicemia estável. Vê-se, portanto, que muitos são os benefícios que advém do consumo da fibra como: prevenção do diabetes tipo II e diminuição do colesterol, entre outras enfermidades humanas.
A partir de uma revisão da literatura, encontrou-se baseado em Campos (1988), Maham e Sump (2002) e Sá (1984), que, tendo em vista a importância das fibras que possuem papel de suma importância no organismo humano, pode-se considerar que elas são como a soma dos polissacarídeos, identificados como hemicelulose, celulose, ß glucano, substâncias pécticas e gomas, além de liginia e de outros resíduos não digeríveis pelas secreções endógenas do trato gastrointestinal, recomendando-se a ingestão de uma dosagem per capita da ordem de 30 gramas em média diária pelo ser humano. Nesse sentido, encontra-se que, segundo Philippiet al (1999), as fibras são derivadas das estruturas intercelulares e da parede celular das frutos, vegetais e sementes, associando-se às proteínas, oxalatos, compostos inorgânicos, fitatos, liginia e substâncias fenólicas de baixo peso molecular. Além do mais, segundo os autores mencionados, as fibras são conhecidas há muito tempo, desde o tempo de Hipócrates quando se descobriu a propriedade laxativa do farelo de trigo, sendo comprovada a sua importância na prevenção e tratamento da constipação intestinal, em estudos realizados nos anos 20 do século recém-passado. Estes estudos chegaram à conclusão uma das bases da vida saudável é a ingestão da fibra alimentar. Para Maham e Sump (2002), as fibras podem ser solúveis e insolúveis em água. As fibras solúveis estão presentes nas frutas, leguminosas secas, aveia e cevada e atuam no aumento do tempo de transito intestinal, diminuem o colesterol plasmático e retardam o esvaziamento gástrico e a absorção da glicose. Segundo esses autores, as fibras insolúveis estão presentes nos grãos e hortaliças e atuam no aumento do volume fecal, na diminuição do tempo de transito intestinal, retardam a hidrólise de amido e a absorção de glicose. Verifica-se que a ação das fibras no organismo tem demonstrado um incremento na excreção de colesterol e ácidos biliares e , em alguns casos , afetar a composição fecal desses ácidos, o que, com base em Chaves (1978), Cintra et al (1997), Cukier et al (2005) e Guyton et al (1997), as fibras são recomendadas tendo em vista possuírem ações protetivas ao funcionamento do intestino, na redução do colesterol, no controle do diabetes, na incidência de câncer de cólon e no controle da obesidade reduzindo a fome e induzido à saciedade, além de atuarem preventivamente na proteção da doença coronariana e isquêmica do coração, diabetes mellitus, distúrbios do aparelho digestivo e obesidade. As fibras são encontradas, segundo Neves (1997) e Wolinski e Hickson (1996), em alimentos como verduras como couve, alface, agrião, espinafre, chicória, repolho, almeirão; frutas frescas com casca, laranja, manga, mamão, abacate, ameixa preta, figo, araticum, uva, mexerica, uva-passa; mel, mel, geléias, melado e doces com alta concentração de açúcar;  rabanete, pimentão, vagem, lentilha, feijão, aveia, milho verde, pão integral ou de centeio, germe de trigo, macarrão ou arroz integral, fécula de batata, ,  farelo, pipoca, biscoito integral, todos alimentos que são ricos em fibras. Mediante isso, vê-se que o grupo de cereais e seus derivados e as leguminosas representam boas fontes alimentares, assim como as frutas. É nesse sentido que Mahan e Stump (2002), assinalam que os vegetais são alimentos indispensáveis e mais importantes para sua vida. Eles são fontes principais de minerais, vitaminas, fibras, açúcar, além de proteínas e gorduras, em menor quantidade, substâncias essenciais para todo o funcionamento do organismo. Os vegetais contém, também, substâncias protetoras e curativas, com ação anti-infecciosa, anti-inflamatória, anti-parasitária, anti-reumática, anti-hipertensiva, diurética, laxativa, desintoxicante e vitalizadora de todo organismo. São alimentos equilibrados e determinam uma perfeita saciedade do apetite, impedindo o comer excessivo, a busca constante por comidas, portanto, evitam e curam a obesidade. Isto significa dizer que, dietas ricas em fibras constituem parte integrante do tratamento eficaz do diabetes e da hipercolesterolemia porque , além de reduzirem os níveis séricos de lipídeos, proporcionam melhora do controle glicêmico e aumentam a sensibilidade periférica à insulina. A falta de sua utilização, conforme assinalado por Cintra (1997), Neves (1997) e Guyton et al (1997), leva ao desenvolvimento de constipação e, por conseqüência, acarretar outras doenças digestivas tais como síndrome do cólon irritável, hemorróidas e diverticulites. Tais constatações foram efetuadas, segundo os autores mencionados, por meio do trabalho de Burkitt, que comparou a participação das fibras na dieta americana e africana, relacionando a maior prevalência da doença aterosclerótica coronariana na primeira como em parte decorrente da menor utilização alimentar de fibras solúveis. Também, segundo recolhido dos autores mencionados, Bijlani citou o efeito hipocolesterolêmico das fibras , especialmente em indivíduos que apresentam níveis elevados de colesterol , associado com a ingestão de dietas ricas em colesterol. Existem, ainda, algumas teorias para explicar a ação das fibras sobre o metabolismo das gorduras. Quanto à capacidade das fibras de absorver ácidos biliares, isto leva a uma dupla perda de colesterol.

REFERÊNCIAS
CAMPOS, M.A.P. Fibra e Nutrição. Boletim SBCTA, 22: n°3/4:167-71,1988.
CHAVES, Nelson. Nutrição Básica e Aplicada. Rio de Janeiro:  Guanabara Koogan, 1978.
CINTRA, L. P et al. Intervenções Dietéticas Condutas Clínicas nas Dislipidemias. Belo Horizonte: Health, 1997.
CUKIER, C.; MAGNONI, D.; ALVAREZ, T. Nutrição baseada na Fisiologia dos órgãos e sistemas. São Paulo: Sarvier, 2005.
GUYTON A .C. et al. Fisiologia Humana e Mecanismos das Doenças. RJ: Guanabara Koogan, 1997.
MAHAN, L. Kathleen; STUMP, Sylvia. Alimentos, nutrição & dietoterapia. São Paulo: Roca, 2002.
NEVES, M. N. Os Elementos da Dieta no Tratamento da Doença Cardiovascular: Nutrição e Doença Cardiovascular. v. 56, p. 4-59-61, 1997..
PHILIPPI, S. T., et al. Pirâmide Alimentar Adaptada: Guia Para Escolha dos Alimentos. Rev. Nutr., Campinas, 1999.
SÁ , Neide Gaudence. Nutrição e Dietética.São Paulo: Nobel: 1984.
WOLLINSKI I., HICKSON JR. Nutrição no Exercício e no Esporte. São Paulo. Roca 1996.

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