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Thursday, October 16, 2014

A PSICOLOGIA CULTURALISTA DE ALFRED ADLER


A PSICOLOGIA CULTURALISTA – O psicólogo austríaco Alfred Adler (1870 – 1837) é considerado o primeiro proponente da abordagem psicológica social da psicanálise, desenvolvendo uma teoria em que o interesse social desempenha o papel principal. Sua teoria trata da necessidade do individuo de compensar os pontos fracos, tratando o sentimento de inferioridade como um dos pontos principais que reflete claramente na infância. Ele desenvolveu sua teoria da personalidade foi desenvolvida a partir de um sistema psicossocial denominado de Psicologia Individual que incorpora fatores tanto sociais como biológicos. Ele acreditava na determinação do comportamento humano principalmente por meio dos fatores sociais e não pelos instintos biológicos, propondo o conceito de interesse social, definido como o potencial inato de cooperar com indivíduos para atingir metas pessoais e sociais. O interesse social do individuo se desenvolve na infância por meio das experiências aprendidas, minimizando a influência do sexo na formação da personalidade. Concentrou-se nas determinantes conscientes do comportamento e não nas inconscientes, acreditando na maior influencia dos próprios planos individuais para o futuro, e não nas experiências do passado. Para ele, o esforço em busca das metas ou antecipação dos acontecimentos futuros influenciam o comportamento presente. Ele enfatizava uma força inata e dinâmica canalizadora dos recursos da personalidade, para atingir um grande objetivo, o qual, para qualquer individuo, seria a superioridade no sentido de perfeição, representando a total realização e evolução de si mesmo. Ele afirmava não haver razão biológica para justificar o sentimento de inferioridade da mulher, considerando que esse mito foi inventado para sustentar no homem o sentimento de superioridade, acreditando na igualdade dos sexos e apoiando os movimentos de emancipação feminina da época.

O SENTIMENTO DE INFERIORIDADE – Adler acreditava que o sentimento generalizado de inferioridade constituía uma força motivadora do comportamento, relacionada às deficiências físicas, ampliando esse conceito para incluir qualquer deficiência física, mental ou social, real ou imaginária. Para ela, na infância, o sentimento de impotência e de dependências das outras pessoas que a criança tem desperta essa inferioridade. Dessa maneira, todos vivenciam esse sentimento e a criança é impelida pelo impulso inato de aperfeiçoamento próprio. O excesso de mimo ou a rejeição como resposta a esse sentimento de inferioridade na infância podem originar comportamentos compensatórios anormais, como o desenvolvimento do complexo de inferioridade, produzindo um individuo incapaz de enfrentar os problemas da vida. Esse complexo é a condição que o individuo desenvolve quando é incapaz de compensar os sentimentos normais de inferioridade.

ESTILO DE VIDA – Adler considerava que as propensões à superioridade e à perfeição são universais, mas que cada individuo age de modo diferente na tentativa de atingir o objetivo,, ou seja, compensa a inferioridade seja real ou imaginária. O estilo de vida se consolida entre os 4 e 5 anos de idade e a partir de então é difícil modificá-lo, crendo na capacidade individual de criação de um estilo de vida próprio já no desenvolvimento da infância. Esse conceito de força criativa do self afirma que o inidviduo é dotado de capacidade para determinar sua própria personalidade, de acordo com o seu estilo único de vida. Essa força ativa e criativa pode ser comparada à noção teológica da alma, uma vez que a pessoa adquire certas habilidades e experiências por meio da hereditariedade e por influencia do ambiente, afirmando que cada individuo molda conscientemente a própria personalidade e o próprio destino.
Também interessou-se  pela relação existente entre a personalidade e a ordem do nascimento, definindo relações entre o filho mais velho, o caçula, o do meio, o filho único, observando as diferentes maneiras e atitudes em relação à vida e ao modo de enfrentar as situações.

REFERÊNCIAS
ATKINSON, Richard; HILGARD, Ernest; ATKINSON, Rita; BEM, Daryl; HOEKSENA, Susan. Introdução à Psicologia. São Paulo: Cengage, 2011.
DAVIDOFF, Linda. Introdução à Psicologia. São Paulo: Pearson Makron Books, 2001.
FADIMAN, James; FRAGER, Robert. Teorias da personalidade. São Paulo: Harbra, 2002.
GAZZANIGA, Michael; HEATHERTON, Todd. Ciência psicológica: mente, cérebro e comportamento. Porto Alegre: Artmed, 2005.
MORRIS, Charles; MAISTO, Alberto. Introdução à psicologia. São Paulo: Pretence Hall, 2004.
MYERS, David. Psicologia. Rio de Janeiro: LTC, 2006.
SCHULTZ, Duane; SCHULTZ, Sydney. Historia da psicologia moderna.São Paulo: Cengage Learning, 2012.