SAÚDE
E HARMONIA NA EDUCAÇÃO – No livro O Tao
da Educação: a filosofia oriental na escola ocidental (Ágora, 2000), da
doutora em psicologia educacional pela Unicamp e diretora da Faculdade de
Educação Padre AnchietA, Luiza Mara
Souza Lima, encontro o capítulo denominado Saúde e harmonia na educação, do
qual destaco os trechos a seguir: Do
ponto de vista ecológico, o organismo saudável é aquele que está em harmonia e
bem-estar físico, mental e social, e em constante evolução, mutação ou em busca
de transcendência. Uma vez que a pura ausência de doença não é sinônimo de
saúde, então a cura deve ser encarada como um processo de readaptação e
reintegração do organismo às condições ambientais causadoras desse
desequilíbrio. [...] O conceito de
harmonia refere-se à consciência dos ciclos universais de vida e morte – a consciência
ecológica que já apresentei anteriormente. Assim para compreender profundamente
os eventos que acontecem na natureza, na sociedade e em si mesma, a pessoa não
se desequilibra e, por conseguinte, não adoece. Como Fulder explica: O homem é
apenas uma montagem temporária (...) em um Universo continuamente mutável e
interatuante: uma onda no oceano, com tendência a sentir-se superior ao resto
da água. Mas a essência da saúde é enquadrar-se nos padrões de vida. Estar em
harmonia com o Tao. A má saúde causada pelo fato de nadar contra a corrente,
por rebelião contra o Tao... Na educação, sinais de enfermidade aparecem
diariamente, como a evasão, a violência, a retenção, a indisciplina e, o que é
pior, a recusa a aprender. Esse estado de coisas jamais poderá gerar nos
educandos uma predisposição para a aprendizagem. Trazer saúde à educação
implica pensar num contexto mais amplo. [...] Em vez de aceitarem a necessidade de uma mudança de vida, seja em
relação aos hábitos de estudo, seja em relação às atitudes perante o processo
de ensino-aprendizagem, professores, alunos, pais e demais envolvidos preferem
buscar uma receita externa para que o problema seja sanado [...] Ser um aluno saudável não significa apenas
ter um excelente rendimento escolar, pois ele pode estar enfermo afetiva,
motriz ou socialmente. [...] Definitivamente,
não podemos correlacionar a saúde educacional de nossos alunos apenas com os
resultados que obtêm em avaliações de conteúdos conceituais (muito menos provas
formais). Entretanto, parece-me que a harmonia entre os conteúdos escolares e
as capacidades cognitivas, afetivas, motrizes e sociais dos alunos está ainda
distante de um equilíbrio desejado. Dentre as capacidades cognitivas, a verdade
é que o ensino tem priorizado apenas as que correspondem à aprendizagem das disciplinas
ou matérias tradicionais.
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