ROLLANDRY
SILVÉRIO – O artista plástico, ator e agitador cultural Rolandry Silvério é o primeiro parceiro
e, por consequência, o primeiríssimo integrante do Conselho Benfeitor
Institucional da história do projeto Brincarte
do Nitolino, por sua inestimável contribuição desde o início dos anos 1980
nos trabalhos desenvolvidos nas áreas de Literatura e Teatro Infantil. Eis,
portanto, um breve histórico da nossa parceria.
CONTRASTES
NATALINOS – Tudo começou quando eu havia adaptado, musicado, dirigido e
encenado a peça teatral João Sem Terra,
de Hermilo Borba Filho, com o Grupo Terra de Palmares no início dos anos 1980,
no Teatro Cinema Apolo. O resultado de mais de dois anos de trabalho me trouxe,
entre muitas outras, a satisfação de constatar que a minha terra, Palmares,
possuía diversos grupos teatrais que estavam em pleno desenvolvimento. É quando
um dia me chega Rolandry Silvério acompanhado de outros atores locais, com o
texto Contrastes Natalinos (Paulinas,
1985), de Pedro T. Pereira e Luiz A Wienandts, e a proposta de que eu dirigisse
com os integrantes de mais de cinco grupos teatrais existentes e em plena
atividade. Surpreso com a iniciativa, eu fiz uma adaptação do texto e reuni
todos os grupos para uma encenação coletiva em que todos além de atuar, se
ocuparam do cenário, da indumentária, da trilha sonora, da carpintaria, luz,
enfim, cada um contribuiu para que pudéssemos realizar uma apresentação
gratuita para a população palmarense, resgatando a tradição de dramaturgos e
teatrólogos conterrâneos como Hermilo Borba Filho, Miguel Jassely, Lelé Correia
e Fenelon Barreto. Deu certo. E às vésperas do Natal daquele ano, encenamos no
legendário Teatro Cinema Apolo. Pronto, estava iniciada a minha parceria com
Rolandry.
AVENTUREIROS
DO UNA
– Além de ator, descobri que o Rolandry Silvério era um excelente artista
plástico que se encontrava escondido. Conversa vai, conversa vem, batemos o
centro com a edição inaugural da série em quadrinhos, Aventureiros do Una que, logo com a primeira edição, ganhou elogios
incentivadores de ninguém menos que Maurício de Souza & Turma da Mônica.
Partimos pro segundo número e envolvemos a garotada local com concursos e
interações na difusão e promoção artística local. Um sucesso. Chegamos a
concluir artesanalmente o terceiro número da série quando, por dificuldades de
manutenção do projeto, Rolandry teve que rumar pra São Paulo na busca por novos
horizontes. Veja também aqui.
POR
UM NOVO DIA – Rolandry foi responsável pela criação, elaboração, confecção
e arte dos cartazes, folders e prospectos das edições do meu show Por um novo dia, realizadas nos anos de
1985, 1986 e 1987. A cada temporada reiniciada, ele havia preparado um conjunto
de desenhos com a temática do show, que foi usado na impressão de camisas,
folders, prospectos e cartazes, distribuídas ao público comparecente ao evento.
CANÇÃO
DE TERRA – Rolandry foi o responsável pelas ilustrações do meu livro de
poesias Canção de Terra (Bagaço,
1986), que lancei com apresentação do escritor Luiz Berto. Os desenhos
realizados por ele estão reunidos aqui.
ALVORADINHA:
CALANGO VERDE DO MATO BOM – Ele também foi responsável pelas capas
e ilustrações do meu livro infantil Alvoradinha:
calango verde do mato bom (Nascente, 2001), lançado por iniciativa do
empresário Marcos Alexandre Martins Palmeira, e distribuído para todas as
escolas das redes pública e privada do Estado de Alagoas. Depois Rolandry criou
o sítio na internet que esteve no ar até 2010.
LOBISOMEM
ZONZO
– Também realizou as capas e ilustrações do projeto que estava desenvolvendo
para publicar a segunda edição do meu livro infantil O Lobisomem Zonzo, as quais se encontram destacadas aqui.
FOLIA
CAETÉ
– Entre os anos de 2000/2008, desenvolvemos uma parceria com o empresário Marcos
Alexandre Martins Palmeira, que se constituiu, entre outros eventos, no projeto
Folia Caeté. Nesse projeto havia a
proposta de realização de shows musicais, teatrais e exposição de artes
plásticas. Eu fui o responsável por compor e gravar quatro frevos que eram veiculados
durante os eventos. O Rolandry Silvério foi o responsável pela exposição de
quadros, bem como outras atividades de apresentações teatrais e curadoria.