MEU CABELO É AFRO. E
DAÍ? – Sonho é sonho. Ele nunca morre. [...] A história vivida por Maria e sua professora nunca mais foi a mesma. A história
delas virou livro. Sim! Virou esse belo livro dedicado a todas as crianças
brasileiras de cabelo enroladinho, lisinho, lourinho, pretinho, ruivinho...
[...]. Trechos extraídos do livro Meu
cabelo é afro. E daí? (Scortecci, 2019), da professora e escritora Eliete Carvalho, com ilustrações de Paloma Dalbon. Veja mais aqui.
ELIETE CARVALHO – Eliete Ferreira Carvalho é professora e escritora,
pós-graduada em Língua Portuguesa e com experiência em gestão escolar. É autora
do livro A oralidade na produção textual
(Bagaço, 2002).
O LIVRO INFANTIL DE ELIETE: “MEU CABELO É
AFRO. E DAÍ?” (Trinca, por Vilmar
Carvalho, poeta e historiador): 1. O
livro infantil é fantástico. Ele cumpre vários sentidos: apresenta a literatura
ficcional à criança; ele é lúdico no mais exato termo; é mágico e propositivo,
pois narra uma “moral da história”, uma lição singela, pequena, mas que abre as
possibilidades do homem melhorar a si mesmo e ao seu redor. Talvez, por isso, o
livro infantil atraia o leitor adulto também. Ali a criança é protagonista ou
narradora de uma história de todos nós, seres sempre incompletos; por aprender,
movidos pela imaginação. O livro infantil é isso: imaginação que possibilita
acreditar em algo melhor de nós seres humanos. 2. Mas não há narrativa sem
conflito. O livro infantil marca o início dessa temática de como o protagonismo
supera o antagonismo. E de como o último perde substância diante do que é
oferecido pelo mais encantado e, por isso, extremamente verdadeiro. E porque digo
tais coisas? Digo, assim, pois a cidade de Palmares ganhou uma escritora de
livros infantis, que mesmo em sua estreia provoca essa “imaginação que
possibilita acreditar em algo melhor de nós mesmos”. O livro “Meu cabelo é
afro. E daí?” – de Eliete Carvalho – é uma história comum envolvendo uma menina
de cabelo crespo, sempre recomendada, pela professora, a prendê-lo. 3. Uma
exigência sem maldade ou ofensa, porém antagonista: a mãe da menina negra é
zelosa e cuida do cabelo da filha diariamente, mas ninguém, na escola, enxerga
na cabeleira da menina negra um penteado. Na história, o protagonismo da
criança é demonstrar insatisfação com o fato de amarrarem o cabelo
carinhosamente cuidado pela mãe. O livro de Eliete demonstra como o diálogo
possibilita (entre alunos, pais e professores) o respeito entre as raças.
Recomendo sua leitura (para crianças e adultos!). A moral da história é que
superado o preconceito, todas as cabeleiras diferentes ganham visibilidade,
beleza própria, um jeito de ser diante de negros, brancos e mestiços. TRINCA_124
Palmares, 12 de dezembro de 2019. Veja mais aqui.
A ORALIDADE NA PRODUÇÃO
TEXTUAL – [...] O que outrora poderia ser abominado pelos
professores de Língua Portuguesa, hoje pode constituir-se numa estratégia
pedagógica bastante viável, principalmente, diante dos novos paradigmas e
currículos de ensino [...]. Assim, o
professor pode transformar a língua falada num excelente ponto de partida para
as discussões e reflexões em torno do universo da língua e da linguagem. [...]
a fala é utilizada amplamente e de
diversos modos pelos alunos. Cabe à escola oportunizar situações didáticas que
contemplem, respeitem e acolham a fala no espaço da sala de aula, adequando-a,
sobretudo, às diferentes necessidades de comunicação escrita, oral e visual do
mundo moderno. [...]. Trechos extraídos da obra A oralidade na produção
textual (Bagaço, 2002), da professora e escritora Eliete Ferreira Carvalho.
Veja mais aqui.