DIA INTERNACIONAL DO LIVRO INFANTIL - O dia 2 de abril foi escolhido para
ser o Dia Internacional do Livro para Crianças por ser a data de nascimento do
escritor Hans Christian Andersen. A denominação "livro infantil" se enquadra
às obras escritas, ilustradas ou não, que são lidas pelas crianças. Geralmente
inspirada nas lendas e tradições de folclore dos povos, a literatura infantil
engloba desde os clássicos da literatura mundial aos livros apenas ilustrados,
sem texto. Sejam contos de fadas, lendas, fábulas ou histórias de aventuras,
mesmo que não tenham sido escritos exclusivamente para as crianças, são
classificados como infantis os livros que são lidos e apreciados por elas. Datam
do século XV os primeiros livros impressos, como por exemplo o Livro de Boas
Maneiras (A Book of Courtesy, 1477), do impressor inglês William Caxton. Antes
disso, consta que o que se lia para as crianças na Idade Média eram os
manuscritos para formação religiosa e as histórias da vida dos santos.
Geralmente, preceitos de vida vinham inseridos nas narrativas das fábulas, como
nas Fábulas de Esopo, que falam do cotidiano, onde os animais têm
características dos homens e, satirizando o comportamento destes, transmitem
verdades sobre a natureza humana. Do século XVII veio o primeiro livro
ilustrado para crianças (O mundo dos sentidos em pinturas, 1654) do pedagogo
Comenius; também os Contos da Carochinha do francês Perrault, já traduzindo as
narrativas de tradição oral: Chapeuzinho Vermelho, A Bela Adormecida no Bosque,
A Gata Borralheira, O Pequeno Polegar. Do século XVIII vêm As Mil e Uma Noites,
conto árabe com versão em francês de Galland, e também os livros de aventuras
para adultos que fizeram sucesso entre crianças e jovens como Robinson Crusoé
(1719), de Daniel Defoe e As Viagens de Gulliver (1726), de Jonathan Swift. No
século XIX duas obras marcariam para sempre a história do livro infantil: a
primeira, Histórias para as Crianças e a Família (mais conhecida como Contos de
Grimm), um trabalho de pesquisa dos irmãos Jacob e Wilhelm Grimm, estudiosos da
língua alemã, com as narrativas populares e de fonte na mitologia nórdica
recolhidas por eles: Branca de Neve e os Sete Anões, João e Maria, Os Músicos
de Bremen. A segunda, Contos de Fadas, do dinamarquês Hans Christian Andersen,
que popularizou para a eternidade O Patinho Feio e O Soldadinho de Chumbo. Considera-se
que, com os bichos e os objetos falantes, os contos de fadas mudaram a história
do livro infantil: deram o tom lúdico, porque, até então, só se escrevia para
crianças de forma didática. (Fonte: IBGE)