Friday, August 08, 2014

MOBY DICK, DE HERMAN MELVILLE


MOBY DICK – Estava eu em plena puberdade quando abri um volume catado aleatoriamente numa das estantes do meu pai e li: “Chamai-me Ismael...”. É assim que começa a história do veterano do mar Ismael, ao decidir por empreender viagem pela costa leste pelos idos do século XIX, com o objetivo da pesca de baleias na sua embarcação The Pequod. Entre os tripulantes havia o desejo de obter riquezas com a captura e venda das baleias, envolvidos pelo ódio do capitão perneta Ahab pela lendária baleia branca de dorso enrugado, chamada de Moby Dick, a qual havia lhe arrancado a perna. Trava-se, então, uma contenda entre os tripulantes do navio e o cachalote: uma luta de três dias. Desse embate, apenas Ismael é salvo pelo caixão que guarda o corpo morto de seu inseparável amigo, o arpoador neozelandês Queequeg, sobre o qual se agarra e se deixa levar pelas ondas até ser resgatado pelo Rachel que o leva à terra firme. Afirmo de antemão que não é tão simples assim: a história é engenhosa, fantástica e saborosa de se ler, apesar de suas mais que de quinhentas páginas, entre as quais me deliciei e jamais esqueci. A novela é dividida em quatro partes, publicado originalmente com o título de Moby Dick, ou a baleia em Londres (1851), pelo escritor e aventureiro estadunidense Herman Melville (1819-1891), inspirado no naufrágio do navio Essex, atingido por uma baleia que apesar de ferida várias vezes, consegui destruir seus algozes. O livro possui descrições imaginativas recheadas de ações e aventuras, reflexões intrincadas sobre as observações pessoais do narrador Ismael, sobre embarcações e pesca. Tornou-se uma das mais respeitadas obras literárias por representar uma belíssima metáfora acerca da condição humana, tratando igualmente da ambição de quem tudo quer finda perdendo o que mais preza.