Tuesday, July 22, 2008

MÁRIO SOUTO MAIOR



UM MENINO CHAMADO HÉLDER CÂMARA – O livro “Um menino chamado Hélder Câmara”, de Mario Souto Maior, publicação da coleção aprender brincando realizada pela Fundação Gilberto Freire, conta a estória de vida de uma ilustre personalidade nordestina, o arcebispo de Olinda e Recife, Helder Câmara. É dirigido ao público infantil, sendo a segunda obra lançada da coleção Aprender Brincando, que sempre conta com a personagem de um avô.
O autor, Mário Souto Maior, nasceu no dia 14 de julho de 1920, na cidade de Bom Jardim, Pernambuco. Filho do coronel da Guarda Nacional, comerciante e fazendeiro Manuel Gonçalves Souto Maior e Maria da Mota Souto Maior. Fez o curso primário na escola particular da professora Josefa Coleta de Albuquerque, conhecida como Santinha, em Bom Jardim, e no Colégio Marista do Recife, onde cursou também o ginasial. No Colégio Carneiro Leão, fez o pré-jurídico e em Maceió, na Faculdade de Direito de Alagoas, concluiu o curso de Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais. Em 23 de dezembro de 1943, casa-se com Carmen da Mota Silveira Barbosa, com a qual teve sete filhos: Fred, Gise, Jane, Liz, Jan, Glen e Ed. Em 1945, foi nomeado Prefeito do município de Orobó, Pernambuco. Exerceu também as funções de promotor público das comarcas de Surubim e João Alfredo, em Pernambuco, e professor da Escola Normal Santana, de Bom Jardim. De 1957 a 1967, exerceu o cargo de diretor do Ginásio de Bom Jardim, do qual foi também fundador e professor. A partir de 1967, torna-se assessor da diretoria executiva do Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais- IJNPS, hoje Fundação Joaquim Nabuco e Inspetor Federal de Ensino, do Ministério da Educação e Cultura, função que exerceu até 1979, quando se aposentou. Foi membro do Seminário de Tropicologia (1972) e diretor da revista Ciência & Trópico (1973-1975) e, a partir de 1976, pesquisador do então IJNPS. Em 1980 foi nomeado diretor do Centro de Estudos Folclóricos, da Fundação Joaquim Nabuco, cargo que exerceu até 1990, quando da extinção do Centro, devido a uma reestruturação institucional. De 1991 até 2001 chefiou a Coordenadoria de Estudos Folclóricos. Recebeu vários prêmios, entre os quais, o Silvio Romero, do Ministério da Educação e Cultura, em 1979, com o livro Folclore & alimentação e, com o mesmo livro, em 1989, o Gran-Premio Íberoamericano Augusto Cortazar, instituído pelo Fondo Nacional de las Artes, do Ministério de la Educación y Justicia, da Argentina. Foi membro da Academia Piracicabana de Letras, São Paulo, e sócio de várias instituições como o Instituto Histórico e Geográfico Paraibano, a União Brasileira de Escritores, de São Paulo e Pernambuco, a Academia de Letras do Rio Grande do Sul e o Instituto Cultural do Vale Caririense, de Juazeiro do Norte, Ceará. Recebeu, em 1985, o International Writer Certificate for Excellence, da Universidade do Colorado, Boulder, Estados Unidos. Pesquisador Emérito da Fundação Joaquim Nabuco foi poeta, contista, pesquisador e colaborador em jornais e revistas especializadas do Brasil e do estrangeiro.

Publicou os seguintes livros:
Como nasce um cabra da peste (1969)
Cachaça (1970/1971)
Antônio Silvino Capitão de Trabuco (1971)
Em torno de uma possível etnografia do pão (1971)
Dicionário da cachaça (1973)
A morte na boca do povo (1974)
Nome próprios poucos comuns (1974)
Território da danação (1976)
Nordeste: a inventiva popular (1978)
Dicionário do Palavrão e termos afins (1980)
Folclorerotismo (1980)
Galalaus & batorés (1981)
Painel Folclórico do Nordeste (1981)
Comes e bebes do Nordeste (1984)
Remédios populares do Nordeste (1986)
Folclore quase sempre (1986)
Folclore e alimentação (1988)
Antologia pernambucana de folclore, com Waldemar Valente (1988)
Antologia da poesia popular de Pernambuco, com Waldemar Valente (1989)
Antologia do carnaval do Recife, com Leonardo Dantas Silva (1991)
A língua na Boca do povo (1992)
Sogras: prós & contras (1992)
O Recife quatro séculos de sua paisagem, com Leonardo Dantas Silva (1992)
O puxa-saco: aqui, ali & acolá (1993)
A paisagem pernambucana, com Leonardo Dantas Silva (1993)
Três estórias de Deus quando fez o mundo (1993)
Riqueza, alimentação e o folclore do coco (1994)
Geografia Vocabular do pau através da língua portuguesa (1994)
A mulher e o homem na sabedoria popular (1994)
A mulher que enganou o diabo (1994)
As dobras do tempo: quase memórias (1995)
O homem e o tempo: quase memórias (1995)
Brasil x Portugal: aquele abraço (1995)
Folclore etc. & tal (1995)
Os mistérios do faz-mal (1996)
Frei Damião: um santo? (1998)
Oração que o povo reza (1998)
Pedro e seu mil carneirinhos (1998)
Cangaço: algumas referências bibliográficas, com Lúcia Gaspar (1999)
A moça que casou com uma cobra (1999)
Padre Cícero Romão Batista: algumas referencias bibliográficas, com Lúcia Gaspar (1999) Bibliografia pernambucana de folclore (1999)
Dicionário de folcloristas Brasileiros (1999)
Um menino chamado Gilberto Freyre (1999)
Um menino chamado Hélder Câmara (1999)
Um menino chamado Joaquim Nabuco (2000)
Um menino chamado Capiba (2000)
João Martins de Athayde (2000)
O papagaio e a menina (2000)
Algumas pernas curtas da mentira (2001)
Frei Damião: algumas referências bibliográficas (2001)
Antologia pernambucana do folclore 2, com Waldemar Valente (2001)
Mário Souto Maior faleceu no Recife, no dia 25 de novembro de 2001.

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