Saturday, December 14, 2019

A ARTE DE ELIETE CARVALHO


MEU CABELO É AFRO. E DAÍ?Sonho é sonho. Ele nunca morre. [...] A história vivida por Maria e sua professora nunca mais foi a mesma. A história delas virou livro. Sim! Virou esse belo livro dedicado a todas as crianças brasileiras de cabelo enroladinho, lisinho, lourinho, pretinho, ruivinho... [...]. Trechos extraídos do livro Meu cabelo é afro. E daí? (Scortecci, 2019), da professora e escritora Eliete Carvalho, com ilustrações de Paloma Dalbon. Veja mais aqui.


ELIETE CARVALHO – Eliete Ferreira Carvalho é professora e escritora, pós-graduada em Língua Portuguesa e com experiência em gestão escolar. É autora do livro A oralidade na produção textual (Bagaço, 2002).

O LIVRO INFANTIL DE ELIETE: “MEU CABELO É AFRO. E DAÍ?” (Trinca, por Vilmar Carvalho, poeta e historiador): 1. O livro infantil é fantástico. Ele cumpre vários sentidos: apresenta a literatura ficcional à criança; ele é lúdico no mais exato termo; é mágico e propositivo, pois narra uma “moral da história”, uma lição singela, pequena, mas que abre as possibilidades do homem melhorar a si mesmo e ao seu redor. Talvez, por isso, o livro infantil atraia o leitor adulto também. Ali a criança é protagonista ou narradora de uma história de todos nós, seres sempre incompletos; por aprender, movidos pela imaginação. O livro infantil é isso: imaginação que possibilita acreditar em algo melhor de nós seres humanos. 2. Mas não há narrativa sem conflito. O livro infantil marca o início dessa temática de como o protagonismo supera o antagonismo. E de como o último perde substância diante do que é oferecido pelo mais encantado e, por isso, extremamente verdadeiro. E porque digo tais coisas? Digo, assim, pois a cidade de Palmares ganhou uma escritora de livros infantis, que mesmo em sua estreia provoca essa “imaginação que possibilita acreditar em algo melhor de nós mesmos”. O livro “Meu cabelo é afro. E daí?” – de Eliete Carvalho – é uma história comum envolvendo uma menina de cabelo crespo, sempre recomendada, pela professora, a prendê-lo. 3. Uma exigência sem maldade ou ofensa, porém antagonista: a mãe da menina negra é zelosa e cuida do cabelo da filha diariamente, mas ninguém, na escola, enxerga na cabeleira da menina negra um penteado. Na história, o protagonismo da criança é demonstrar insatisfação com o fato de amarrarem o cabelo carinhosamente cuidado pela mãe. O livro de Eliete demonstra como o diálogo possibilita (entre alunos, pais e professores) o respeito entre as raças. Recomendo sua leitura (para crianças e adultos!). A moral da história é que superado o preconceito, todas as cabeleiras diferentes ganham visibilidade, beleza própria, um jeito de ser diante de negros, brancos e mestiços. TRINCA_124 Palmares, 12 de dezembro de 2019. Veja mais aqui.


A ORALIDADE NA PRODUÇÃO TEXTUAL – [...] O que outrora poderia ser abominado pelos professores de Língua Portuguesa, hoje pode constituir-se numa estratégia pedagógica bastante viável, principalmente, diante dos novos paradigmas e currículos de ensino [...]. Assim, o professor pode transformar a língua falada num excelente ponto de partida para as discussões e reflexões em torno do universo da língua e da linguagem. [...] a fala é utilizada amplamente e de diversos modos pelos alunos. Cabe à escola oportunizar situações didáticas que contemplem, respeitem e acolham a fala no espaço da sala de aula, adequando-a, sobretudo, às diferentes necessidades de comunicação escrita, oral e visual do mundo moderno. [...]. Trechos extraídos da obra A oralidade na produção textual (Bagaço, 2002), da professora e escritora Eliete Ferreira Carvalho. Veja mais aqui.